terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Photoshopias (2)
Photoshopias
domingo, 19 de dezembro de 2010
Eu Pensei que Todo o Mundo Fosse Filho de Papai Noel
É uma tristeza só!
Alguém, provavelmente uma criança - pelo menos é isso que nos leva a crer a canção - pede ao querido Papai Noel nada mais nada menos do que "a felicidade", e olha que já faz tempo que ele ou ela pediu mas o papai noel dela ou dele não vem. E ele ou ela não vê outra explicação à não ser a morte do imortal: "(...)com certeza já morreu(...), e talvez num ímpeto de esperança ainda assim triste, completa "(...) ou então felicidade é brinquedo que não tem (...)".
Composta entre os anos 30 e 40 do século XX, é cantada à exaustão até hoje, festivamente, alegremente: "Já faz tempo que eu pedi mas o meu papai noel não vem... com certeza já morreu ou então felicidade é brinquedo que não teeeeeemm".
Fica tudo muito claro depois de dar uma "wickipedia" no autor, Assis Valente. Tentativas de suicídio, dívidas, vida enrolada, mais suicídio. Só podia pedir felicidade. Fica aí uma canção não festiva como a marchinha de carnaval gravada por Carlos Galhardo e que eu cantei muito durante quase todos os natais da minha vida abraçada aos primos, tias e tios fantasiados do dito cujo, mas uma reflexão sobre essa época onde se pede tudo e parece que se pode ter e conseguir tudo apenas pedindo..
Assis Valente, com sua marchinha "Boas Festas", atravessou o samba e enfiou goela abaixo de um país inteiro que Natal não é bem assim. E, o melhor: sem ninguém perceber. Dá-lhe cantar e dançar como se fosse a canção mais felizdo mundo!
Mãns, como somos graças a Deus um povo alegre, fazemos festa de tudo. A música está aí. Mas, por favor, pense na marchinha, na alegria, nos nossos tios cantando em coro a música animada desengonçadamente como num baile de carnaval.
Fico pensando se na entrega das cestas e brinquedos de Natal que comumente acontece nessa época, a música cantada é essa. Não orna. Tem uma mais adequada: "seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem", de Otavio Babo Filho não sei precisar a época, mas deve ser contemporânea de "Boas Festas". Olha só o nome que o Assis deu para a música: "Boas Festas". E o Otavio Babo Filho, mais otimista, chamou de "O Bom Velhinho" a história do sapatinho na janela do quintal.
Olha, tudo isso, está mais pra felicidade ser um brinquedo que não tem do que o Bom Velhinho ter morrido. E vale pensar que felicidade se conquista, dia após dia, com ética e gentlieza, e se permitindo e desculpando pelas rusgas e travessuras adultas que sem querer querendo, nos permitimos às vezes.
Simples assim.
E pra quem ainda não sacou, o difícil é fazer o simples...
Nada de tristeza, façavôr!
Vamos começar nossa mobilização por um "Sai, urucubada!" nos Natais daqui pra frente.
Sai urucubaca!!!!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
MANHÊÊÊ, EU TE AMO!
MIENTRAS
Pior, muito pior machucar sem saber com que força. Não há como cobrar a consciência do mal feitor quando a onda passar porque ele simplesmente desconhece a feitoria, a força que tem. Vai ficar tão espantado com a sua "viagem" quanto você ficou com o tiro de espingarda à queima roupa.
Somos nós, e sempre nós, que devemos ceder, perdoar, compreender, esquecer.
O dia que decidirmos que já chega, estaremos antecipando nossa hora de partir. Não seria suportável.
Temos que aceitar esse destino como um presente. O que temos que fazer, faremos. Poderia ser pior.
Mientras, hoje não está um bom dia
Rezar e pedir que tudo se aquiete, que os resultados sejam positivos, que seja apenas mais uma lição, que aqueles que lhe desejam insucesso não cantem vitória através de um simples post que está mais servindo para desabafar coletivamente do que deixar registrado algo que se valha.
E que a iluminação boêmia nos ajude a compreender - fora de preceitos religiosos - porque é que temos que aprender tanto!
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sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
EU, MINHA CURIOSIDADE E O RESULTADO DISSO TUDO.
Divertido e talz. Na palavra "orgulho", quando vocês ouvirem "it's alive! it's alive!", apenas para (re)conhecimento, é o trecho do filme "Dr. Frankstein" original, com Boris Karloff, quando a criatura ganha vida.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Porque é que a gente é assim? (ou: "Aii, que delícia ter quase 50!!")
Nem é preciso explicar. This is it.
Outro tipo de um dos meus adoro: CARPENTERS
domingo, 21 de novembro de 2010
NO SÉCULO 21 AINDA SE DEBUTA
Desculpem a "possível" grosseria do título. "Possível" porque o mal está inside your mind e não no título desta humilde compilação de palavras cuja pretensão é divertir.
Porque, mesmo que eu tivesse a intenção de rimar com o que você pensou, foi numa ótima, jamais pra recalcar alguma coisa, mesmo porque no último final da semana a MINHA filha debutou. Toda linda. E foi do ca.. . Ta, foi muuuuuuito bom! Bom pra burro! Bom pra ca.... deixa pra lá.
Breve novas histórias e pequenos contos paralelos que rolaram na festa que foi magavilhosa, valvulada, purpurinada, e todos os adas positivos e pra cima que essa mente suja pode imaginar (hehehehe...)
Amei.
Dancei tanto que estou travada. Sinto-me como minha mãe, que nos quase oitenta é judiada com artrose e artrite que já não a deixam sacolejar como gostaria. Tudo em mim dói.
Dancei eletro, house, samba, um tal de "funk sujo" que pra mim mais parecia ritmo para ritual de terreiro de umbanda; disco, disco, disco...! Não adianta. Gloria Gaynor marca o início e o fim da "bandalheira", do "se joga" e todo o resto.
Estou FELIZ.
Mais motivos para agradecer, agradecer, agradecer, agradecer.......
Fotos?
Preciso caçar na net, sei que os amigos dela já socializaram muita coisa, mas ela não salvou. Eu não levei a máquina dessa vez.
Já falei?
Estou FELIZ.
E muito grata.
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sábado, 20 de novembro de 2010
Geração X, Y, Baby Boomers... AI JISUIS!!
De onde vem a necessidade tanta definição?!Vou psicologar à vontade: deve vir da mesma necessidade que a gente tem de dar nome ao carro, à planta, ao computador, ao enfeite da janela...
Vi uma matéria no Jornal da Globo, se não me engano, e fiquei passada.
As traduções para mal-educados, tubarões, experientes, agressivos, generosos, dedicados são um dicionário!
Pra mim, pelo menos através da reportagem, ficou claro que o "Y" é um arrogante ansioso, pretensioso que sai da faculdade achando que tudo sabe e que não precisa de ninguém, que ele vai aprender sozinho. Na matéria diz que o "Y" vive mudando de emprego porque se aborrece fácil com a função, regras, pessoas. Ou seja: um egocêntrico que de bom para a empresa só tem uma coisa: a novidade. O cara sabe de tudo que é novo, o que toca na balada, o que é sucesso, os termos de marketing da moda, a pessoa da moda... Mas, peralá, já não tinha gente assim no século passado? E no retrasado? O computador e/ou internet "promoveram" arrogância à uma "geração"? Porque não atualizar o povo que ta lá dando glóbulos vermelhos para o crescimento do estabelecimento? Uma vez por mês todos na balada numa sexta-feira ao invés de ficar ouvindo o que aconteceu, quem deu "brecha" ou receber uma foto tirada de celular mandada pra todo o mundo com a finalidade de expor seja lá quem for só porque é divertido.
Já pensou na segunda o tema da reunião? "observações acerca da balada", fofocas, risos, desopilamento e, principalmente, desabituar as pessoas a pensar com o fígado e voltar a pensar com... o coração? (mezza-mezza: coração e razão fazem bem ao empreendedor).
Acho que ficou claro que a definição que mais me chocou foi essa tal de "Geração Y" (young? yougnorante? me, myself and I youngs 4 ever?). Pra mim, esse comportamento não é corporativo, é questão de educação familiar.
Aí vem os "coitados" dos "X". Igualmente jovens, talensosos, com uns 30 ou mais, que já alcançaram alguma coisa na vida, posição, cargos e todo o resto, que além de brigar com tudo e com todos para manter sua posição - principalmente com tempo que passa (e o medo dos "enta"? de ficar "velho"? "ultrapassado"? ser definido, enfim?) - tem que lidar com os "Y" indisciplinados. O "X", também segundo a matéria, aposta na carreira, na empresa, no conhecimento. Não só em sí e em sua juventude como os Youngfuckers... (desculpem, não resisti). Me pareceram mais "nerds", mais fiéis e mais neuróticos. Eles precisam dos "Y" e de todo o resto do gametário para se manter na posição e perde mais tempo no embate do "quem manda aqui sou eu", "quem sabe fazer isso sou eu" ou "quem está sendo pago pra fazer isso sou eu" do que pensando no que pode colaborar para a empresa, por exemplo. Segundo a matéria e minha percepção, é o "Y" no futuro que não absorveu o suficiente para deixar de ser "X" e precisar provar que é merecedor do que conquistou.
What about us? Baby Boomers?
De onde vem essa coisa de "baby boomer"? Aquele pessoal norte-americano que nasceu depois da segunda guerra? Dos filhos de combatentes que voltaram cheios de gás e espermatozóides pra casa?
Minha mãe sempre foi dona de casa e meu pai bancário, não sou boomer de nada, no entanto estou nesta categoria: mais de quarenta, experiente, com muito o que ponderar e ensinar a todos os gametas mas que deve se aquietar diante de tanta ebulição hormonal. Ou adiante, já que temos (por experiência) a capacidade de "pre(ca)ver" o próximo passo a ser dado. Ficar quieto até ser solicitado. Para que os tubarõezinhos não cometam erros, recorrem à experiência dos babies.
Vou resumir: a matéria prega que o ambiente ideal de trabalho é aquele em que todo o dicionário - inclusive o inglês/português - vivam em paz e harmonia.
Ah, vá!
Depois de tudo? Depois de convencer os telespectadores, ouvintes e futuros profissionais que o bom é mudar sempre de emprego, pra depois investir numa carreira na mesma empresa, e aí, se tiver sorte, permanecer num cargo de consultor - ainda que chefiado por um X ou Y?
Gente, que matéria foi essa?
De quem foi a necessidade psicológica de partilhar essas definições que o pessoal do marketing faz tão bem (e os bons riem de sí mesmos!) ?
Não estou ofendida por estar na categoria "consultora experiente pronta para ser ativada assim que necessário" Porque sou um pouco de cada e nenhuma dessas. Menos o Y. (não adianta que esse Y não vai rolar pra mim...). Eu sou eu, sou profissional, criativa, ativa, agitada, inquieta, questionadora, curiosa, nem um pouco insegura mas com muitos frios na barriga típicos de novas experiências e desafios.
Eu não gosto é de definições, bolas pretas enooormes de chumbo acorrentadas nos meus pés dificultando a trajetória que TEM QUE SER natural.
Entre X, Y e B's, acho que foi um "W" que deixou uma das frases mais impactantes pra essa e todas as organizações sociais que vierem: Wilde, Oscar Wilde.
DEFINIR É LIMITAR.
E olha que Wilde era um mestre no egoísmo, na minha modesta.
Vamo pará? (ou quem sabe, CONSISTIR?)
domingo, 14 de novembro de 2010
Entre CEO e DGE, fico com o segundo
Tudo bem que globalizar é preciso, mas num país onde sobra emprego e fatla qualificação, vamos ensinar desde o básico o significado de CEO. Sim, eu sei que algumas faculdades ensinam, inclusive os alunos saem de lá sabendo o que é CEO e sem fazer a mínima idéia de quem foi Clara Nunes ou quantos integrantes formavam os Beatles. Acredite, eu vi uma resposta num desses propramas que recebem escolas à esta pergunta, e a primeira resposta foi uma outra pergunta: "Quem?", e aí veio o chute: "Cinco?". Até poderia ser, com tant fan e até o Ronnie Von ainda na ativa, mas o fato é que estudante de comunicação tem que saber a bíblica da história das artes, cultura e entretenimento ANTES de querer se tornar um CEO. Se bem que tem empresa por aí que prefere justamente o contrário. Isso já é lá com o DGE... digo, Diretor Geral Excetuvido, ou DSM (diretor superintendente master) ou ainda mais bomito: MSE (Master superintendente empresarial). Lindo, né? Também acho. Mas voto na Clara Nunes. Ou nos Beatles.
Em tempo: estou em plena produção dos 15 anos da filha mais linda do mundo. Por isso não atualizo como merece esse humilde mas limpinho blog. Quando tudo isso acabar (e outras coisas começarem, graças à Deus), acho que tudo volta ao normal por essas bandas. Sinto falta.
Por acaso alguém sabe ensinar como caputrar áudo de loocução no sound forge sem ser no Vegas?
Tudo bem, isso é outro assunto...
Beijos saudosos aos CEOs, DGEs, MSEs, estagiários e profissionais da área em geral. Luv u all.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
MAMMA MIA!
domingo, 31 de outubro de 2010
SERÁ QUE UM DIA TEVE?
O que é, é.
Não é sazonal, temporal, político e tampouco depende de sorte. É só o amor que entende o que é a verdade. E quando a falta de convivência consolida a distância, é porque não houve antes. Mas há amor.
Uma pena.
Tenho saudades de algumas amizades, do significado delas. Sinto amor por elas. Não das pessoas e da verdade em sí, mas do que passei enganada acreditando ser o que não era de fato. Vivi um bom tempo acreditando ter o que não tinha, conhecer quem não conhecia. Era bom ter amigas do peito. Era ótimo rir e contar histórias incontáveis, a confiança era um alívio.
Hoje resta a ética das pessoas do bem, que ouviram e foram ouvidas, não convivem mais, mas - ainda? - se respeitam. Não acredito que um encontro casual terminaria em baixo nível e calão.
Sinto.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
PARA IVONE, UMA RECORDAÇÃO DO CAMEL
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Da série: ÉRAMOS MUITOS
...e alguns dos meus romances. Depois de "grande" o que me chama a atenção é o quão performática e divertida ela é. Todos os seus clipes são carregados de energia e bom humor. Até quando o assunto é forte como a guerra, ela está lá, piscando os olhos como quem carrega uma arma e a gente não sabe se rí ou se pensa. Humor e performance inteligente, regrada, estudada e corajosa. Afinal, era a década de 80 chegando... Kate Bush me lembra Nina Hagen, cantora definida como punk alemã em plena era new wave. Kate é inglesa. fala e se expressa com a pompa do sotaque anglicano, corajosa nos palcos e aparentemente discreta fora deles, manteve os cabelos longos durante décadas. Já Nina Hagen escancarava tudo de uma vez. Mudava o corte de cabelo na mesma proporção e intensidade das cores que os pintava. Não pedia licença, metia o pé na porta. Kate, assim como Nina, tinha olhos e boca enormes que se arregalavam e contorciam de sol a som. Nina era cantora lírica e Kate também. Kate era um alívio. Nina, uma perturbação.
Conheci Kate Bush no final dos anos 70 com "Wuthering Highs", amor à primeira audição, um encantamento que dura até hoje. Nina Hagen entrou pro clube no início dos 80, com uma música bizarra que tocava direto nas casas noturnas da cidade dançante e intelecutual dos anos 80. "Cosma Shiva" era uma canção estranha e o som de um bebê mixado não deixava que tudo escambasse para o terror. Até descobrirmos que "Cosma Shiva" era o nome de sua filha recém-nascida, o bebê presente na canção que viria a se tornar uma modelo muito famosa neste século. Procurei no youtube, mas não achei o original. No entanto, o clipe logo abaixo serve não só pra apresentar a canção como a própria Cosma Shiva modelando.
Kate Bush era romance e fantasia. Nina Hagen, balada pesada.
Anyway, this is my past. And I love it.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
PALHAÇO VOTA EM PALHAÇO
Hoje li na primeira página do Terra: "Universitária morre esfaqueada em cima de bicicleta em SP". Logo pensei na USP, nas minhas sobrinhas, nas amigas delas e conhecidas. Abri o link. Aconteceu em Ribeirão Preto; a universitária tinha 24 anos, cursava educação física e voltava de um estágio para a casa quando foi fechada por uma moto. Agora, a riqueza dos detalhes que semeiam angústia, dor, pânico e sofrimento mesmo em quem não conhece a vítima. Prontos? Vamos lá:
A lâmina da faca, de quase 20 centímetros, ficou encravada da universitária. A jovem, que retornava de um estágio, ainda tentou pedalar, mas caiu. Ela foi socorrida a um hospital no bairro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O acusado fugiu sem ser identificado. A placa da moto não foi visualizada porque estaria dobrada.
Não consigo suportar a imagem da garota assustada "tentando pedalar" e "caindo" com uma "faca de 20 centímetros encravada no pescoço". Não alcanço o entendimento necessário que justifique a tamanha falta de responsabilidade de quem reporta notícias como esta, de quem aprova conteúdos como estes, de quem vibra com pontos e acessos alcançados com esse tipo de deserviço, muito menos quem compra e vende esse tipo de espaço e audiência.
Desculpem, mas não aguentei. Tive que dividir. Isso não vai acabar nunca.
Cazuza pediu: "Brasil, mostra a tua cara!". O PT atendeu.
Não há nem haverá política decente para acarinhar esse país que amo tanto. Ele, e seu povo, continuará terreno fértil para os 300 picaretas que o Luiz Inácio falou. São 300 picaretas patrocinados e incentivados.´
A mídia é o espelho da educação de um país. Se estamos assistindo um circo dos horrores na TV, lendo manchetes sangrentas até na internet e sujando as mãos com o sangue das revistas semanais e jornais diários, é porque não temos educação.
E a falta de educação e cultura faz a gente pensar que é melhor rir de tudo.
Por isso palhaço vota em palhaço.
Essa palhaçada não vai acabar. Acho que nunca.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
60 ANOS DA TV NO BRASIL
terça-feira, 7 de setembro de 2010
(em contra partida...) BEGUIN THE BEGUINE
Voltei a tocar violão!
É um instrumento que toco bem. Muito bem. Voltei não só a tocar, como a estudar. Estou sofejando como antes, aprendendo partituras e tablaturas e tocando as canções que gosto de uma maneira muito gostosa.
Assim que me sentir confiante de não dar vexame, organizarei um sarau cultural aqui em casa. Não é bacana? Cada um traz a sua arte, a gente vê, assiste, aplaude, conversa, se sente produtivo e inteligente.
Tudo por causa do meu violão... Amo.
CHEGA. CANSEI.
Nada como contar a vida em décadas pra ter cada vez mais certezas. É o que o povo chama de "amostragem", ou "repetição", ou equação de segundo grau (lembram do "x da questão?").
Tenho aprendido muito, muito mesmo. Muito do que já havia antes que eu tivesse capacidade de perceber. Como diz o título, chega. Cansei de verdade. Não vou explicar muita coisa, não... Confesso que comecei este post botando a boca no trombone. Achei melhor apagar. Tem gente que veste a carapuça que nem é sua, imagina encontrar a própia exposta aqui. É.
Cansei de aprender e não usar.
Gente que não diz o que pensa nem pra quem gostaria de dizer. Gente que deixa outra gente passar pela sua estrada, mesmo sabendo que aquela significa o que quer. Gente sem coragem que fica escondendo gostos em livros, frases, histórias alheias, filmes e exercícios infindáveis, não admitindo que sobre tempo para pensar. Gente que se parar para pensar, se desconstrói. Então não pára nem pensa.
Quero exercer minha melhor humanidade enquanto se constrói. Discutir, trocar, filosofar. Alguém quer abrir um grupo de conversas? To dentro.
Quero partilhar.
Quero acabar com as saudades que tem me visitado frequentemente. Todas as saudades. Quero voltar e conversar e abraçar. Como sou agora, não como era antes. Morar em outro país, deixar tudo pra trás e quase recomeçar alguma coisa. Deixar pra trás, não. Deixar em seu lugar. Seu devido lugar no meu tempo.
As amarras aos poucos vão afrouxando, se soltando... a vida tem se tornado possível.
Planos se concretizando.
Eu que achei que tudo havia se perdido, começo a recontar meus contos.
Cabeça inchada.
Whatever, who cares?
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
AGUINALDO SILVA E ROQUE SANTEIRO
por Cristina Padiglione
seção: Biscoito fino
29.agosto.2010 13:39:51
(trechos)
O que mais o surpreendeu na época em relação à receptividade da audiência?
Chegamos a dar 98 pontos de audiência, um fenômeno que NUNCA será igualado. Mas se você quer saber, quando eu li os 40 capítulos já escritos, achei aquilo tudo uma grande bobagem. Mesmo assim aceitei a tarefa de levar a novela adiante… E logo vi que meu julgamento inicial estava errado.
Era mais fácil ou mais difícil escrever novela em 1985?
Era mais difícil do ponto de vista “físico”: trabalhávamos com máquina de escrever manual, não havia internet, os telefones não eram grande coisa… Usávamos um leva-e-traz, um mensageiro! Mas era mais fácil do ponto de vista das pressões; a novela era considerada um produto, digamos assim, mais “artístico”, os autores tinham mais liberdade -embora houvesse, como há hoje, censura -, enfim, a própria televisão era menos uma fábrica de pizzas e mais preocupada com a qualidade, o que nos beneficiava a todos. Hoje em dia escrever uma novela é comparável ao ato de botar um Airbus 787 no ar: quase impossível!
O fato de “Roque” ter sido censurada 10 anos antes provocou alguma alteração na sinopse da novela feita em 1985? Que cuidados ou disfarces foram realizados para não desagradar setores remanescentes da censura naquela época?
Quando a novela caiu nas minhas mãos, e eu percebi que tinha toda liberdade, resolvi que ela seria uma altíssima comédia. A parte política, tão importante nos escritos do Dias Gomes, continuou lá, mas menos panfletária e menos evidente. A novela era muito engraçada, acho que até os censores morriam de rir lendo os capítulos, e assim as coisas foram passando e, quando se viu, por conta do enorme sucesso, já era impossível censurá-la. Nos 30 capítulos finais Dias voltou às origens e a novela ficou mais “densa”, menos engraçada.
Houve consenso entre você, Dias Gomes e Paulo Ubiratan (diretor-geral da novela) sobre o final escolhido para Porcina? Ou a escolha foi apenas do Dias Gomes?
A escolha foi apenas do Dias Gomes. Eu não podia opinar porque estava fora. Mas o Paulo Ubiratan me disse que tinha odiado aquele final ostensivamente copiado de “Casablanca”. Mesmo assim ele o dirigiu de tal modo que ficou inesquecível.
Voltando à questão de novela reeditada por mãos alheias, soube que você também não participou da reedição de “Senhora do Destino” para o “Vale a Pena ver de Novo”. Vocês, autores, sabem ou conhecem o profissional (ou profissinais) que realiza(m) este trabalho? Já se manifestaram contra ou a favor de participar dele?
Veja bem, eu sempre digo isso e meus colegas me olham atravessado… Mas a novela é do produtor, é de quem bota lá o dinheiro necessário para produzi-la. O autor é pago apenas para escrever. Lembro o exemplo de Hollywood: quando o filme recebe o Oscar, quem vai receber o prêmio não é o diretor, nem o roteirista, é o produtor. No caso da novela, e isso consta dos nossos contratos, uma vez pronto, o texto pertence à emissora, e esta pode fazer o que quiser com ele, inclusive guardá-lo numa gaveta e esquecê-lo. “Senhora do Destino” quebrou o recorde de audiência do “Vale a Pena Ver de Novo”, mas o horário era outro, e para passar nele a novela tinha que ser reeditada. Este é um trabalho de um especialista, o editor, e ao roteirista não cabe dar pitacos. Eu jamais faria isso, pois sei que a reedição do meu trabalho estará em boas mãos. Quanto aos outros autores, já não sei.
Em tempo: o DVD de Roque Santeiro traz, como extra, os dois finais gravados para a novela, algo inédito para a época: Porcina partindo no aviãozinho, com Roque, e ficando em Asa Branca, Com Sinhozinho. Mais Casablanca, impossível, e a referência é explícita, quase um tributo ao filme, com direito até a uma sonora de “As Time Goes By”, a trilha do longa com Humprhey Bogart. Com 16 discos, a caixa de Roque agora lançada pela Globo Marcas custa R$ 250,00
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
TEMPOS SECOS
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
ZIZI POSSI
TRILHA DE NOVELA
Estava fuçando numa comunidade, lendo, relendo e reaprendendo um pouco de cada coisa como faço quase todas as noites quando dei de cara com a trilha sonora da novela "O Casarão". Comecei a ouvir a coisa toda ripada de vinil, com os pops e clicks e chiadinhos e to ouvindo até agora. Rolando Carpenters, I Know I need do be in Love. Carpenters! Tem coisa mais classe média romântica anos 70 do que Carpenters?
To curtindo.
1962, uma boa fornada
17 de Janeiro: Jim Carrey (ator, The Mask e avô)
30 de Janeiro: Jennifer Jason Lee (atriz)
08 de Março: Tom Cavalcante
09 de Abril: West Side Story - Oscar de melhor filme e outras 9 estatuetas
23 de Maio: O Pagador de Promessas - Palma de Ouro em Cannes
24 de Maio: Luiza Brunet
03 de Julho: Tom Cruise
31 de Julho: Wesley Snipes
13 de Agosto: Marcelo Novaes
17 de Setembro: Fátima Bernardes
11 de Novembro: Demi Moore
31 de Dezembro: Pedro Cardoso
What Ever Happened With Baby Jane? - Robert Aldrich
Os Cafajestes - Ruy Guerra
VII Copa do Mundo de Futebol/Chile - Brasil Campeão
Nascemos eu, você e os queridos que conhecemos.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
da série: CRIAÇÃO E CRIATURA
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
PEQUENO PODER, GRANDE ESTRAGO
sábado, 7 de agosto de 2010
PELOS NOSSOS
terça-feira, 3 de agosto de 2010
PRÉ-PRO-RADIOATIVIDADE
terça-feira, 27 de julho de 2010
MURPHY, O OTIMISTA
sexta-feira, 23 de julho de 2010
SORRIA! Você está sendo filmado(a), vigiado(a), fotografado(a), monitorado(a), catalogado(a), numerado(a)...
quinta-feira, 15 de julho de 2010
LILLIPUT dos PEQUENINOS
Entre continentes, não creio que sejamos da tribo da sorte. Sem irmandade nem protetores, contamos com nosso trabalho e a honestidade que trouxemos do lar para recriarmo-nos a cada e todo dia.
Somos mantenedores de um "estado das coisas" onde um mínimo erro mínimo pode fazer ruir a estrutura de toda uma vida toda.
Tanta vida! Tanta coisa! Não deveria haver inimigos entre nós pequeninos. Será que teríamos força para manter um Guliver anão preso à fios de cabelo neste solo?
Acho que sobrevivemos nesta terra de gigantes. Talvez não como partners, talvez nunca como irmãos. Um "talvez iguais" seria bom. Um "quase" seria praticamente perfeito
Um estado interessante.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
PARADIGMAargh!
domingo, 27 de junho de 2010
DESENROLE O DESENCONTRO
sexta-feira, 25 de junho de 2010
FANTA MARIA E PANDORA
sexta-feira, 18 de junho de 2010
GREY GARDENS ou Como a Arte Imita a Vida
O tempo era outro. A loucura era outra. A violência era de dentro para fora. A resistência à modernidade dos anos 70 consolidando histórias para todo o sempre, graças - mais uma vez - ao cinema e à disposição de jovens documentaristas. Um retrato desconfortável e ao mesmo tempo cativante da solidão. A história das Eddies não é ficção. É a mais pura e crua realidade. Uma realidade que os norte americanos não estão acostumados à exibir, sequer aceitar. Essa história da criação do mundo (sim, era um mundo delas, sem regras nem convenções, o que para os gringos foi um choque e tanto) só ganhou importância porque era em Grey Gardens que a pequena Jacqueline Kennedy Onassis passava as férias de verão. Imaginem uma mansão quatrocentona na Paulista, rodeada de muita grana e prédios nabanescos, infestada de ratos, gatos e seus respectivos dejetos, tendo como mantenedoras duas senhoras fora de sync.
Grey Gardens é isso. Em 1975, o documentário. Em 2009 o filme. Clap!Clap! Clap! para Jessica Lange. Clap! Clap! Clap! Em pé para Drew Barrymore interpretando uma mulher de quase 60 anos. Impressionante a história real. Impressionante as interpretações, a direção de arte e a adaptação do filme de 2009.
Sugestão: assista primeiro o documentário. É mais impactante.
This is it.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
ONONONONONO
Isso vale um post mais caprichado, nénão?
I'll be back.
(as usual)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
E VOU. MESMO.
domingo, 16 de maio de 2010
BACK TO THE FUTURE (2)
A janela do meu quarto era assim. Rua Capote Valente, segundo andar, última janela, em cima do muro de pedras que hoje está coberto de trepadeiras para evitar pixações. Sim, "eles" pixam pedras.
Dentro da janela, li muita coisa. Assisti filmes clássicos no mais clássico VHS, cantei achando que ninguém ouvia (hoje sei que se ouve tudo-tudo num apartamento) e dormi noites únicas na cama de solteiro que ainda está aí, dentro dessa (quase minha) janela.
Da janela, li o primeiro e único grafitte feito para mim, em tinta fosforecente para brilhar à noite, de um tempo que dava para ficar escrevendo de madrugada na Capote Valente, hoje tão movimentada a qualquer hora do dia ou da noite.
Meu pai me viu fumar pela primeira vez de baixo da janela. Eu dentro dela. Voltou com um maço de cigarros para que eu não fumasse "porcarias dos outros". Naquela época desconfiávamos muito pouco dos males do fumo, e a geração saúde não havia nascido, o que aconteceria em seguida. Jane Fonda pelo menos já publicara vídeos sobre como manter a forma. Era o começo. Embora manter a forma naquela época tivesse mais a ver com anfetaminas do que com a saúde em sí.
Uma coisa é bacana por aqui. Sempre há mais o que dizer, sempre há tudo pra lembrar, e como o tempo continua com o vento, pelo menos dá pra deixar registrado algo para não esquecer de voltar... pro futuro de novo.