terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Photoshopias (2)

Este é meu pai com 18 anos. E eu aprendendo a colorizar e restaurar fotos antigas. Faz tempo, já. Meu jovem pai fica bonito tanto em P&B quanto colorido.

Photoshopias

Tentando aprender como se faz o poster da campanha do Obama, cheguei neste resultado.
Confesso que gostei mais deste em todos os aspectos. Minha amada filha é a modelo e só por isso fiquei muito, muito orgulhosa. Antes fiz uma montagem do rosto dela sobre uma figura parecida com mangá  e partilho com vocês o resultado.
Espero que gostem.
Proud, by Carmen Farão

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu Pensei que Todo o Mundo Fosse Filho de Papai Noel

Vem cá, vocês já prestaram atenção na letra desse hit natalino sucesso absoluto de crítica e púlbico tupiniquim?

É uma tristeza só!
Alguém, provavelmente uma criança - pelo menos é isso que nos leva a crer a canção - pede ao querido Papai Noel nada mais nada menos do que "a felicidade", e olha que já faz tempo que ele ou ela pediu mas o papai noel dela ou dele não vem. E ele ou ela não vê outra explicação à não ser a morte do imortal: "(...)com certeza já morreu(...), e talvez num ímpeto de esperança ainda assim triste, completa "(...) ou então felicidade é brinquedo que não tem (...)".

Composta entre os anos 30 e 40 do século XX, é cantada à exaustão até hoje, festivamente, alegremente: "Já faz tempo que eu pedi mas o meu papai noel não vem... com certeza já morreu ou então felicidade é brinquedo que não teeeeeemm".

Fica tudo muito claro depois de dar uma "wickipedia" no autor, Assis Valente. Tentativas de suicídio, dívidas, vida enrolada, mais suicídio. Só podia pedir felicidade. Fica aí uma canção não festiva como a marchinha de carnaval gravada por Carlos Galhardo e que eu cantei muito durante quase todos os natais da minha vida abraçada aos primos, tias e tios fantasiados do dito cujo,  mas uma reflexão sobre essa época onde se pede tudo e parece que se pode ter e conseguir tudo apenas pedindo..
Assis Valente, com sua marchinha "Boas Festas", atravessou o samba e enfiou goela abaixo de um país inteiro que Natal não é bem assim. E, o melhor: sem ninguém perceber. Dá-lhe cantar e dançar como se fosse a canção mais felizdo mundo!

Mãns, como somos  graças a Deus um povo alegre, fazemos festa de tudo. A música está aí. Mas, por favor, pense na marchinha, na alegria, nos nossos tios cantando em coro a música animada desengonçadamente como num baile de carnaval.

Fico pensando se na entrega das cestas e brinquedos de Natal que comumente acontece nessa época, a música cantada é essa. Não orna. Tem uma mais adequada: "seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem", de Otavio Babo Filho não sei precisar a época, mas deve ser contemporânea de "Boas Festas". Olha só o nome que o Assis deu para a música: "Boas Festas". E o Otavio Babo Filho, mais otimista, chamou de "O Bom Velhinho" a história do sapatinho na janela do quintal.

Olha, tudo isso, está mais pra felicidade ser um brinquedo que não tem do que o Bom Velhinho ter morrido. E vale pensar que felicidade se conquista, dia após dia, com ética e gentlieza, e se permitindo e desculpando  pelas rusgas e travessuras adultas que sem querer querendo, nos permitimos às vezes.
Simples assim.
E pra quem ainda não sacou, o difícil é fazer o simples...

Nada de tristeza, façavôr!

Vamos começar nossa mobilização por um "Sai, urucubada!" nos Natais daqui pra frente.
Sai urucubaca!!!!




quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Papai Noel

Visitem esse blog, é muito bacana.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MANHÊÊÊ, EU TE AMO!

Siiiim, minhas amiga. Minha mãe faz teatro há quase uma década. Esse é um clipe de uma das peças que fez, chamada "Memórias", onde ela lembra como se cuidava, fala da família e de o quanto é feliz. Se hoje ela tem 78 anos, esse vídeo deve ter uns 6 ou 7. É ou não é pra amar essa pessoa? Me enche de orgulho essa não cerimônia em se expor. Acho que puxei daí alguma coisa.... Pra você, com (muito) amor:
La Mer era a canção dela e de meu pai. A "nossa música" deles. Imagina, que delícia que não devia ser?

MIENTRAS

Pior é o conhecimento de que não se faz o que faz deliberadamente, com a "intenção de matar". Assim, fere mais. Dói mais. A ignorância pode ser o alívio de tantos, mas é algoz de quem imagina que pensa que sabe e vê através das inteñções.

Pior, muito pior machucar sem saber com que força.  Não há como cobrar a consciência do mal feitor quando a onda passar porque ele simplesmente desconhece a feitoria, a força que tem. Vai ficar tão espantado com a sua "viagem" quanto você ficou com o tiro de espingarda à queima roupa.

Somos nós, e sempre nós, que devemos ceder, perdoar, compreender, esquecer.
O dia que decidirmos que já chega, estaremos antecipando nossa hora de partir. Não seria suportável.

Temos que aceitar esse destino como um presente. O que temos que fazer, faremos. Poderia ser pior.
Mientras, hoje não está um bom dia

Rezar e pedir que tudo se aquiete, que os resultados sejam positivos, que seja apenas mais uma lição, que aqueles que lhe desejam insucesso não cantem vitória através de um simples post que está mais servindo para desabafar coletivamente do que deixar registrado algo que se valha.
E que a iluminação boêmia nos ajude a compreender - fora de preceitos religiosos - porque é que temos que aprender tanto!

.

sábado, 27 de novembro de 2010

Você Conhece a BEATRIZ?

Resumo beeeeem resumido do vídeo dos 15 anos. Essa é minha garota!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

EU, MINHA CURIOSIDADE E O RESULTADO DISSO TUDO.

Achei meio sem querer alguns trabalhos em Flash da época que eu estava aprendendo a mexer com a coisa. Dêem um desconto, faz uns 9 ou 10 anos que issos foram feitos. Hoje, revendo, eu gosto. Considerando-se o tempo e o fato de na época eu ser "aprendiz de feiticeira". Primeiro:  La Mentira! (whata a dame!)

MENTIRA!
Alguns gifs animados inseridos no flash, misture um pouquinho, agite um pouquinho e sai isso daí. Bem brega, né? Pretendendo ser psicodélico.


PALAVRAS
Agora o que pretendia ser uma série sobre as palavras, sentidos, o poder da fala e a falta de percepção da dita cuja. Palavras "vendidas"  à dúzia por  motorista de kombi 66 como se nada fossem, Uma pamonhada em liquidação, deliciosas, fresquinhas....!!!



Divertido e talz. Na palavra "orgulho", quando vocês ouvirem "it's alive! it's alive!", apenas para (re)conhecimento, é o trecho do filme "Dr. Frankstein" original, com Boris Karloff, quando a criatura ganha vida.

Orgulho é mais ou menos um Frankstein pra mim. A gente cria, recria, acha uma coisa, ele ganha vida própria, suplanta  o estado original das coisas... sou PHD em orgulhosos, tantos que já encontrei e tive de tourear na minha vida profissional. E o meu mesmo, como aprendi a controlá-lo e a fazer dele um instrumento de minha paz (espero ter conseguido).

Logo depois vem "vaidade". A ídéia era 7 palavras, como os 7 pecados. Ainda posso retomar, quem sabe. A tecnologia mudou, pode até ficar mais bonitinho. 



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Porque é que a gente é assim? (ou: "Aii, que delícia ter quase 50!!")

Pra quem não entendeu, veja os vídeos e concluam porque nós, os "entões", somos assim. Pra quem viu e é, vamos matar a mardita !
Um dos meus adoro: FOCUS!
 
Nem é preciso explicar. This is it.

Outro tipo de um dos meus adoro: CARPENTERS

Outros momentos, muita admiração, e uma sensação boa que não se fazia idéia de onde vinha: se da voz aveludada deKaren Carpenter, da melodia fácil ou se da mistura pop-ingênuo-quase-jazz-mas-de-qualidade-meio-impossível-não-gostar.

The Carpenters está para minha infância assim como o Laerte Morrone para o Garibaldo. Que era meu vizinho, aliás. Vizinho paciente, porque pelo menos duas vezes por dia a gente ia de bicicleta na porta dele pedir pra ouvir a rizada do penoso mais famoso da Vila Sésamo. Minha memória emocional está para Vila Sésamo assim como minha infância para Carpenters. Não necessariamente nesta ordem.

Fora tudo isso, nós, os "entões" ainda curtíamos Chico Buarque, Novos, velhos e sempre Bahianos Caetano, Gil, Gal e Bethânia, os Mineiros Beto, Milton, Lô, O Paulista Adoniran, a Divina Elizeth Cardoso, somos contemporâneos dos gerados nos 80 como Paralamas, Legião, Titãs, Ultraje, Kid Abelha, Capital Inicial e já nos considerávamos adultos nos 90, curtindo Nirvana, Vange Leonel, Bussunda e o primeiro LP dos Cassetas, Whe Are The World, Tracy Chapman, Liberace (yes, it is!), Hairspray... Meninos, quantas vezes eu vi o Flávio Cavalcanti quebrar disco no ar? Ou levantar o dedo em riste e pedir: "nossos comerciais, por favor!". E todo o mundo no Chacrinha... ah, o Chacrinha!
E na sessão da tarde a gente aprendia o que era filme clássico assistindo filme clássico!

Ô! A gente viu o Jackson Five crescer e virar Michael Jackson!
Madonna nem existia quando a gente tinha 18 anos!ól nhvfc
Under pressure era guerra fria numa  canção do Freddy Mercury e David Bowie e não o stress vivido pelos CEO's deste mundo globalizado.
Ai, que delícia ter quase 50!
Onde está tudo isso? Existe enquanto eu existir.
Arrepare, não, mas enquanto engomo a calça eu vou lhe contar, vice?

Onde vocês estão?
Lú, Rê, Niltinho, Edson, Edilson, Sandra, Cláudia, Carneiro (Tzwizinho, querido), Vilma, Márcia, Matéca, Maciça, Paquinha, Astrides (são duas ou três?), Bá, Verlan, Iná, Fred, Leonardo (Leo, amado!), Celia e Sílvia (as irmãs mais bacanas que eu conheci nos 70), Fernando, Alfredo, Dan (da engenharia), Babi, Angelas (por enquanto, lembro de duas), Carlos, Rogério, Sérgio (O Moreno Tropicano), Alberto (o Baumstein), Renato (O Ganso), Righi, Mário e seu meu primeiro beijo, Paulão (o cineastra),  Rita (que fazia teatro no Ventoforte) tanta gente que estou vendo mas não lembro o nome... tão importante quanto!
Cadê vocês, meninos?
Onde vocês estão, meninas?

Voltem e vamos rir. Quem sabe, escrever um livro?

Chega de abdicar.

Adoro.



domingo, 21 de novembro de 2010

NO SÉCULO 21 AINDA SE DEBUTA

(em tempo: editei o título)

Desculpem a "possível" grosseria do título. "Possível" porque o mal está inside your mind e não no título desta humilde compilação de palavras cuja pretensão é divertir.
Porque, mesmo que eu tivesse a intenção de rimar com o que você pensou, foi numa ótima, jamais pra recalcar alguma coisa, mesmo porque no último final da semana a MINHA filha debutou. Toda linda. E foi do ca.. . Ta, foi muuuuuuito bom! Bom pra burro! Bom pra ca.... deixa pra lá.

Breve novas histórias e pequenos contos paralelos que rolaram na festa que foi magavilhosa, valvulada, purpurinada, e todos os adas positivos e pra cima que essa mente suja pode imaginar (hehehehe...)

Amei.
Dancei tanto que estou travada. Sinto-me como minha mãe, que nos quase oitenta é judiada com artrose e artrite que já não a deixam sacolejar como gostaria. Tudo em mim dói.

Dancei eletro, house, samba, um tal de "funk sujo" que pra mim mais parecia ritmo para ritual de terreiro de umbanda; disco, disco, disco...! Não adianta. Gloria Gaynor marca o início e o fim da "bandalheira", do "se joga" e todo o resto.

Estou FELIZ.

Mais motivos para agradecer, agradecer, agradecer, agradecer.......

Fotos?
Preciso caçar na net, sei que os amigos dela já socializaram muita coisa, mas ela não salvou. Eu não levei a máquina dessa vez.

Já falei?
Estou FELIZ.
E muito grata.

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sábado, 20 de novembro de 2010

Geração X, Y, Baby Boomers... AI JISUIS!!



Gente deste céu!

De onde vem a necessidade tanta definição?!Vou psicologar à vontade: deve vir da mesma necessidade que a gente tem de dar nome ao carro, à planta, ao computador, ao enfeite da janela...

Vi uma matéria no Jornal da Globo, se não me engano, e fiquei passada.
As traduções para mal-educados, tubarões, experientes, agressivos, generosos, dedicados são um dicionário!

Pra mim, pelo menos através da reportagem, ficou claro que o "Y" é um arrogante ansioso, pretensioso que sai da faculdade achando que tudo sabe e que não precisa de ninguém, que ele vai aprender sozinho. Na matéria diz que o "Y" vive mudando de emprego porque se aborrece fácil com a função, regras, pessoas. Ou seja: um egocêntrico que de bom para a empresa só tem uma coisa: a novidade. O cara sabe de tudo que é novo, o que toca na balada, o que é sucesso, os termos de marketing da moda, a pessoa da moda... Mas, peralá, já não tinha gente assim no século passado? E no retrasado? O computador e/ou internet "promoveram" arrogância à uma "geração"?  Porque não atualizar o povo que ta lá dando glóbulos vermelhos para o crescimento do estabelecimento? Uma vez por mês todos na balada numa sexta-feira ao invés de ficar ouvindo o que aconteceu, quem deu "brecha" ou receber uma foto tirada de celular mandada pra todo o mundo com a finalidade de expor seja lá quem for só porque é divertido.
Já pensou na segunda o tema da reunião? "observações acerca da balada", fofocas, risos, desopilamento e, principalmente, desabituar as pessoas a pensar com o fígado e voltar a pensar com... o coração? (mezza-mezza: coração e razão fazem bem ao empreendedor).

Acho que ficou claro que a definição que mais me chocou foi essa tal de "Geração Y" (young? yougnorante? me, myself and I youngs 4 ever?). Pra mim, esse comportamento não é corporativo, é questão de educação familiar.

Aí vem os "coitados" dos "X". Igualmente jovens, talensosos, com uns 30 ou mais, que já alcançaram alguma coisa na vida, posição, cargos e todo o resto, que além de brigar com tudo e com todos para manter sua posição - principalmente com tempo que passa (e o medo dos "enta"? de ficar "velho"? "ultrapassado"? ser definido, enfim?) - tem que lidar com os "Y" indisciplinados. O "X", também segundo a matéria, aposta na carreira, na empresa, no conhecimento. Não só em sí e em sua juventude como os Youngfuckers... (desculpem, não resisti). Me pareceram mais "nerds", mais fiéis e mais neuróticos. Eles precisam dos "Y" e de todo o resto do gametário para se manter na posição e perde mais tempo no embate do "quem manda aqui sou eu", "quem sabe fazer isso sou eu" ou "quem está sendo pago pra fazer isso sou eu" do que pensando no que pode colaborar para a empresa, por exemplo. Segundo a matéria e minha percepção, é o "Y" no futuro que não absorveu o suficiente para deixar de ser "X" e precisar provar que é merecedor do que conquistou.

What about us? Baby Boomers?

De onde vem essa coisa de "baby boomer"?   Aquele pessoal norte-americano que nasceu depois da segunda guerra? Dos filhos de combatentes que voltaram cheios de gás e espermatozóides pra casa?
Minha mãe sempre foi dona de casa e meu pai bancário, não sou boomer de nada, no entanto estou nesta categoria: mais de quarenta, experiente, com muito o que ponderar e ensinar a todos os gametas mas que deve se aquietar diante de tanta ebulição hormonal. Ou adiante, já que temos (por experiência) a capacidade de "pre(ca)ver" o próximo passo a ser dado. Ficar quieto até ser solicitado. Para que os tubarõezinhos não cometam erros, recorrem à experiência dos babies.

Vou resumir: a matéria prega que o ambiente ideal de trabalho é aquele em que todo o dicionário - inclusive o inglês/português - vivam em paz e harmonia.
Ah, vá!

Depois de tudo? Depois de convencer os telespectadores, ouvintes e futuros profissionais que o bom é mudar sempre de emprego, pra depois investir numa carreira na mesma empresa, e aí, se tiver sorte, permanecer num cargo de consultor - ainda que chefiado por um X ou Y?

Gente, que matéria foi essa?
De quem foi a necessidade psicológica de partilhar essas definições que o pessoal do marketing faz tão bem (e os bons riem de sí mesmos!) ?

Não estou ofendida por estar na categoria "consultora experiente pronta para ser ativada assim que necessário"  Porque sou um pouco de cada e nenhuma dessas. Menos o Y. (não adianta que esse Y não vai rolar pra mim...). Eu sou eu, sou profissional, criativa, ativa, agitada, inquieta, questionadora, curiosa, nem um pouco insegura mas com muitos frios na barriga típicos de novas experiências e desafios. 

Eu não gosto é de definições, bolas pretas enooormes de chumbo acorrentadas nos meus pés dificultando a trajetória que TEM QUE SER natural.

Entre X, Y e B's, acho que foi um "W" que deixou uma das frases mais impactantes pra essa e todas as organizações sociais que vierem: Wilde, Oscar Wilde.

DEFINIR É LIMITAR.
E olha que Wilde era um mestre no egoísmo, na minha modesta.

Vamo pará? (ou quem sabe, CONSISTIR?)

domingo, 14 de novembro de 2010

Entre CEO e DGE, fico com o segundo

...apesar de o primeiro parecer coisa do paraíso, outro mundo, ou uma filantropia-obrigatória de governos em campanha.. CEO não é uma sigla dessas que a gente leva pro currículo, não, não, não... CEO é alguma coisa - senão a própria - "Chief Executive Officer". O manda-chuva. O dono. Pra nossa área aqui de comunicação, é o próprio Sílvio Santos. Isso se ele não fosse dono do SBT (ainda), porque enquanto executivo, é o Diretor Superintendente da Empresa, o Controller, o manda chuva.

Tudo bem que globalizar é preciso, mas num país onde sobra emprego e fatla qualificação, vamos ensinar desde o básico o significado de CEO. Sim, eu sei que algumas faculdades ensinam, inclusive os alunos saem de lá sabendo o que é CEO e sem fazer a mínima idéia de quem foi Clara Nunes ou quantos integrantes formavam os Beatles. Acredite, eu vi uma resposta num desses propramas que recebem escolas à esta pergunta, e a primeira resposta foi uma outra pergunta: "Quem?", e aí veio o chute: "Cinco?". Até poderia ser, com tant fan e até o Ronnie Von ainda na ativa, mas o fato é que estudante de comunicação tem que saber a bíblica da história das artes, cultura e entretenimento ANTES de querer se tornar um CEO. Se bem que tem empresa por aí que prefere justamente o contrário. Isso já é lá com o DGE... digo, Diretor Geral Excetuvido, ou DSM (diretor superintendente master) ou ainda mais bomito: MSE (Master superintendente empresarial). Lindo, né? Também acho. Mas voto na Clara Nunes. Ou nos Beatles.

Em tempo: estou em plena produção dos 15 anos da filha mais linda do mundo. Por isso não atualizo como merece esse humilde mas limpinho blog. Quando tudo isso acabar (e outras coisas começarem, graças à Deus), acho que tudo volta ao normal por essas bandas. Sinto falta.

Por acaso alguém sabe ensinar como caputrar áudo de loocução no sound forge sem ser no Vegas?
Tudo bem, isso é outro assunto...

Beijos saudosos aos CEOs, DGEs, MSEs, estagiários e profissionais da área em geral. Luv u all.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

MAMMA MIA!

  
        Penso que nós da imprensa, se não estivermos acostumados ao monde das artes, somos privilegiados.
       Explico: acabei de voltar do último "ensaio" da versão brasileira de Mamma Mia!, há 9 anos em cartaz na Broadway e se não me engano há 11 em Londres. Platéia seleta, bancadas com computadores para anotações, críticos, entusiastas, pessoal da mídia em geral.
       Confesso que fui já lamentando: "pô... traduzir Abba... ". A curiosidade e o senso crítico que nós da imprensa, meio acostumados ao monde era maior  que a expectativa do espetáculo em sí.
       Pois, me enganei. A tradução para o português não diminuiu em nada a força das canções e muito menos a "alocação" do contexto mo espetáculo. Divertidíssimo para nós brasileiros, não é à toda que está há mais de uma década em cartaz nas platéias mais badaladas do mundo.
      Elenco muito bem dirigido, arrancando aplausos em cena aberta. Coisa rara para um público cada vez mais chato como o paulistano.
      Confesso que ri. Ri muito. E gostaria de deixar aqui as fotos do espetáculo brasileiro, mas ainda não foram divulgadas. Vai ser um grande sucesso de público. E se a crítica não for seriosa em demasia e acreditar na diversão como possível cura para maus humores, também será pela sua pena.
     O fato é que saí de lá achando que podia dance, jive e have the time of my life.
     Eu gostei. E curti muito!
    Enquanto não surgem os rostos da versão brasileira, vai a dica do filme, excelente.
    E bom espetáculo!





domingo, 31 de outubro de 2010

SERÁ QUE UM DIA TEVE?



Quando se percebe que não tem mais nada a ver, começa a desconfiança se um dia teve.
O que é, é.
Não é sazonal, temporal, político e tampouco depende de sorte. É só o amor que entende o que é a verdade. E quando a falta de convivência consolida a distância, é porque não houve antes. Mas há amor.
Uma pena.
Tenho saudades de algumas amizades, do significado delas. Sinto amor por elas.  Não das pessoas e da verdade em sí, mas do que passei enganada acreditando ser o que não era de fato. Vivi um bom tempo acreditando ter o que não tinha, conhecer quem não conhecia. Era bom ter amigas do peito. Era ótimo rir e contar histórias incontáveis, a confiança era um alívio.
Hoje resta a ética das pessoas do bem, que ouviram e foram ouvidas, não convivem mais, mas - ainda? - se respeitam. Não acredito que um encontro casual terminaria em baixo nível e calão.
Sinto.

Também durante um tempo acreditei que havia anjos na terra. Me sentia acolhida, protegida do mal dissimulado. Vivia praticamente num filme de Wim Wenders. Juro, achava crível a existência dos anjos e que um me protegia. E à minha família. Um em especial.
Foi mais rápido e fácil perceber o engano do que descobrir o dragão da maldade que lançava chamas sobre minha vida e carreira.
Percebi com o tempo que cada coisa tem seu tempo e importância e nada vai mudar o que houve e o significado do que foi feito. Tenho imagens e sensações tatuadas dentro de mim, Minha cicatriz praticamente tem nome. Nasceu e se fechou em um ambiente protetor, onde não me senti caindo, nem diferente.
Estes momentos foram bons.
Depois, vieram os piores. Mas, ces't la vie, mon ami.
Infelizmente descobri que não existem anjos. Pelo menos sem asas. Não nesse espaço, nessa dimensão.
Mas a vontade de ajudar e fazer o bem deve valer alguma coisa.
Por isso agradeço.
E serei grata eternamente.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PARA IVONE, UMA RECORDAÇÃO DO CAMEL

      Ivone é o nome da minha mãe e Camel o apelido do meu pai. O título deste post vem de uma dedicatória que meu pai fez no verso de uma foto de namorados, no início dos anos 50.

      Editei esse vídeo no final dos anos 90 num Studio 7, com placa de captura DC10 que comprei de segunda mão no Mercado Livre. O menininho que meu pai tanto mima é Ricardo Farão, meu sobrinho e afilhado, no seu primeiro aniversário. Hoje ele tem 24 anos... viuge! El tiempo passa!

     Estamos todos lá: meus irmãos, tios, tias, parentes, amigos, agregados...

     Muita coisa mudou e aconteceu de lá pra cá. Meu pai nos deixaria no início do ano seguinte à festa que vemos no vídeo. Por essas e por outras é que demorei para montar essas imagens. Acho que tudo foi e é no seu tempo certo, nénão? A essência da família é a mesma. E o mais interessante é - além de me ver novinha - perceber que essa vontade de abraçar, beijar, dar e receber carinho, é um "bem" de família. Reparem. Todos se abraçam tão gostoso que dá vontade de continuar aconchegada nesses colos.
E nos sorrisos, reparem nos sorrisos. Foi nisso que deu a mistura de Árabes com Italianos: emoção e vontade de emocionar, não necessariamente nesta ordem.

     Decidi partilhar alguns minutos do meu universo particular e espero que gostem. Aos que abracei e beijei carinhosamente durante todos esses anos, eis a origem:

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

I see BAD people...






 

domingo, 26 de setembro de 2010

Da série: ÉRAMOS MUITOS

Kate Bush embalou muitos dos meus sonhos...
...e alguns dos meus romances. Depois de "grande" o que me chama a atenção é o quão performática e divertida ela é. Todos os seus clipes são carregados de energia e bom humor. Até quando o assunto é forte como a guerra, ela está lá, piscando os olhos como quem carrega uma arma e a gente não sabe se rí ou se pensa. Humor  e performance inteligente, regrada, estudada e corajosa. Afinal, era a década de 80 chegando... Kate Bush me lembra Nina Hagen, cantora definida como punk alemã em plena era new wave. Kate é inglesa. fala e se expressa com a pompa do sotaque anglicano, corajosa nos palcos e aparentemente discreta fora deles, manteve os cabelos longos durante décadas. Já Nina Hagen escancarava tudo de uma vez. Mudava o corte de cabelo na mesma proporção e intensidade das cores que os pintava. Não pedia licença, metia o pé na porta. Kate, assim como Nina, tinha olhos e boca enormes que se arregalavam e contorciam de sol a som. Nina era cantora lírica e Kate também. Kate era um alívio. Nina, uma perturbação.

Conheci Kate Bush no final dos anos 70 com "Wuthering Highs", amor à primeira audição, um encantamento que dura até hoje. Nina Hagen entrou pro clube no início dos 80, com uma música bizarra que tocava direto nas casas noturnas da cidade dançante e intelecutual dos anos 80.  "Cosma Shiva" era uma canção estranha e o som de um bebê mixado não deixava que tudo escambasse para o terror. Até descobrirmos que "Cosma Shiva" era o nome de sua filha recém-nascida, o bebê presente na canção que viria a se tornar uma modelo muito famosa neste século. Procurei no youtube, mas  não achei o original. No entanto, o clipe logo abaixo serve não só pra apresentar a canção como a própria Cosma Shiva modelando.
Kate Bush era romance e fantasia. Nina Hagen, balada pesada.
Anyway, this is my past. And I love it.

Nina Hagen e Cosma Shiva Hagen


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PALHAÇO VOTA EM PALHAÇO

O que mais me assusta na atual fase da mídia brasileira nem é tanto a escatológica palhaçada sanguinolenta das manchetes de notícias escolhidas à dedo do meio. O que é aterrorizante é o prazer com que os "jornalistas" atuais detalham a agonia das vítimas indefezas ou a crueza do assassino ao torcer a faca quatro vezes de cada lado para certificar-se de que vai jorrar sangue suficiente para todas os jornais.

Hoje li na primeira página do Terra: "Universitária morre esfaqueada em cima de bicicleta em SP". Logo pensei na USP, nas minhas sobrinhas, nas amigas delas e conhecidas. Abri o link. Aconteceu em Ribeirão Preto; a universitária tinha 24 anos, cursava educação física e voltava de um estágio para a casa quando foi fechada por uma moto. Agora, a riqueza dos detalhes que semeiam angústia, dor, pânico e sofrimento mesmo em quem não conhece a vítima. Prontos? Vamos lá:

A lâmina da faca, de quase 20 centímetros, ficou encravada da universitária. A jovem, que retornava de um estágio, ainda tentou pedalar, mas caiu. Ela foi socorrida a um hospital no bairro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O acusado fugiu sem ser identificado. A placa da moto não foi visualizada porque estaria dobrada.

Não consigo suportar a imagem da garota assustada "tentando pedalar" e "caindo" com uma "faca de 20 centímetros encravada no pescoço".  Não alcanço o entendimento necessário que justifique a tamanha falta de responsabilidade de quem reporta notícias como esta, de quem aprova conteúdos como estes, de quem vibra com pontos e acessos alcançados com esse tipo de deserviço, muito menos quem compra e vende esse tipo de espaço e audiência.

Desculpem, mas não aguentei. Tive que dividir. Isso não vai acabar nunca.
Cazuza pediu: "Brasil, mostra a tua cara!". O PT atendeu.
Não há nem haverá política decente para acarinhar esse país que amo tanto. Ele, e seu povo, continuará terreno fértil para os 300 picaretas que o Luiz Inácio falou. São 300 picaretas patrocinados e incentivados.´
A mídia é o espelho da educação de um país. Se estamos assistindo um circo dos horrores na TV, lendo manchetes sangrentas até na internet e sujando as mãos com o sangue das revistas semanais e jornais diários, é porque não temos educação.
E a falta de educação e cultura faz a gente pensar que é melhor rir de tudo.
Por isso palhaço vota em palhaço.
Essa palhaçada não vai acabar. Acho que nunca.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

60 ANOS DA TV NO BRASIL


Na torcida para que na 3a. idade a televisão brasileira tenha um tratamento preferencial

(to be continued...)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

(em contra partida...) BEGUIN THE BEGUINE


Voltei a tocar violão!
É um instrumento que toco bem. Muito bem. Voltei não só a tocar, como a estudar. Estou sofejando como antes, aprendendo partituras e tablaturas e tocando as canções que gosto de uma maneira muito gostosa.
Assim que me sentir confiante de não dar vexame, organizarei um sarau cultural aqui em casa. Não é bacana? Cada um traz a sua arte, a gente vê, assiste, aplaude, conversa, se sente produtivo e inteligente.

Tudo por causa do meu violão... Amo.

CHEGA. CANSEI.



Nada como contar a vida em décadas pra ter cada vez mais certezas. É o que o povo chama de "amostragem", ou "repetição", ou equação de segundo grau (lembram do "x da questão?").

Tenho aprendido muito, muito mesmo. Muito do que já havia antes que eu tivesse capacidade de perceber. Como diz o título, chega. Cansei de verdade. Não vou explicar muita coisa, não... Confesso que comecei este post botando a boca no trombone. Achei melhor apagar. Tem gente que veste a carapuça que nem é sua, imagina encontrar a própia exposta aqui. É.

Cansei de aprender e não usar.
Gente que não diz o que pensa nem pra quem gostaria de dizer. Gente que deixa outra gente passar pela sua estrada, mesmo sabendo que aquela significa o que quer. Gente sem coragem que fica escondendo gostos em livros, frases, histórias alheias, filmes e exercícios infindáveis, não admitindo que sobre tempo para pensar. Gente que se parar para pensar, se desconstrói. Então não pára nem pensa.
Quero exercer minha melhor humanidade enquanto se constrói. Discutir, trocar, filosofar. Alguém quer abrir um grupo de conversas? To dentro.

Quero partilhar.
Quero acabar com as saudades que tem me visitado frequentemente. Todas as saudades. Quero voltar e conversar e abraçar. Como sou agora, não como era antes. Morar em outro país, deixar tudo pra trás e quase recomeçar alguma coisa. Deixar pra trás, não. Deixar em seu lugar. Seu devido lugar no meu tempo.

As amarras aos poucos vão afrouxando, se soltando... a vida tem se tornado possível.
 Planos se concretizando.
Eu que achei que tudo havia se perdido, começo a recontar meus contos.
Cabeça inchada.
Whatever, who cares?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

AGUINALDO SILVA E ROQUE SANTEIRO

Estadão.com.br/blogs
por Cristina Padiglione

seção: Biscoito fino
29.agosto.2010 13:39:51

(trechos)
O que mais o surpreendeu na época em relação à receptividade da audiência?
Chegamos a dar 98 pontos de audiência, um fenômeno que NUNCA será igualado. Mas se você quer saber, quando eu li os 40 capítulos já escritos, achei aquilo tudo uma grande bobagem. Mesmo assim aceitei a tarefa de levar a novela adiante… E logo vi que meu julgamento inicial estava errado.

Era mais fácil ou mais difícil escrever novela em 1985?
Era mais difícil do ponto de vista “físico”: trabalhávamos com máquina de escrever manual, não havia internet, os telefones não eram grande coisa… Usávamos um leva-e-traz, um mensageiro! Mas era mais fácil do ponto de vista das pressões; a novela era considerada um produto, digamos assim, mais “artístico”, os autores tinham mais liberdade -embora houvesse, como há hoje, censura -, enfim, a própria televisão era menos uma fábrica de pizzas e mais preocupada com a qualidade, o que nos beneficiava a todos. Hoje em dia escrever uma novela é comparável ao ato de botar um Airbus 787 no ar: quase impossível!

O fato de “Roque” ter sido censurada 10 anos antes provocou alguma alteração na sinopse da novela feita em 1985? Que cuidados ou disfarces foram realizados para não desagradar setores remanescentes da censura naquela época?
Quando a novela caiu nas minhas mãos, e eu percebi que tinha toda liberdade, resolvi que ela seria uma altíssima comédia. A parte política, tão importante nos escritos do Dias Gomes, continuou lá, mas menos panfletária e menos evidente. A novela era muito engraçada, acho que até os censores morriam de rir lendo os capítulos, e assim as coisas foram passando e, quando se viu, por conta do enorme sucesso, já era impossível censurá-la. Nos 30 capítulos finais Dias voltou às origens e a novela ficou mais “densa”, menos engraçada.

Houve consenso entre você, Dias Gomes e Paulo Ubiratan (diretor-geral da novela) sobre o final escolhido para Porcina? Ou a escolha foi apenas do Dias Gomes?
A escolha foi apenas do Dias Gomes. Eu não podia opinar porque estava fora. Mas o Paulo Ubiratan me disse que tinha odiado aquele final ostensivamente copiado de “Casablanca”. Mesmo assim ele o dirigiu de tal modo que ficou inesquecível.

Voltando à questão de novela reeditada por mãos alheias, soube que você também não participou da reedição de “Senhora do Destino” para o “Vale a Pena ver de Novo”. Vocês, autores, sabem ou conhecem o profissional (ou profissinais) que realiza(m) este trabalho? Já se manifestaram contra ou a favor de participar dele?
Veja bem, eu sempre digo isso e meus colegas me olham atravessado… Mas a novela é do produtor, é de quem bota lá o dinheiro necessário para produzi-la. O autor é pago apenas para escrever. Lembro o exemplo de Hollywood: quando o filme recebe o Oscar, quem vai receber o prêmio não é o diretor, nem o roteirista, é o produtor. No caso da novela, e isso consta dos nossos contratos, uma vez pronto, o texto pertence à emissora, e esta pode fazer o que quiser com ele, inclusive guardá-lo numa gaveta e esquecê-lo. “Senhora do Destino” quebrou o recorde de audiência do “Vale a Pena Ver de Novo”, mas o horário era outro, e para passar nele a novela tinha que ser reeditada. Este é um trabalho de um especialista, o editor, e ao roteirista não cabe dar pitacos. Eu jamais faria isso, pois sei que a reedição do meu trabalho estará em boas mãos. Quanto aos outros autores, já não sei.



Em tempo: o DVD de Roque Santeiro traz, como extra, os dois finais gravados para a novela, algo inédito para a época: Porcina partindo no aviãozinho, com Roque, e ficando em Asa Branca, Com Sinhozinho. Mais Casablanca, impossível, e a referência é explícita, quase um tributo ao filme, com direito até a uma sonora de “As Time Goes By”, a trilha do longa com Humprhey Bogart. Com 16 discos, a caixa de Roque agora lançada pela Globo Marcas custa R$ 250,00

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TEMPOS SECOS

Nanny People definiu como poucos a quantas anda as relações humanas no Programa do Jô essa semana.

Ao comentar o humor atual dos stand ups dessa nova fornada de humoristas, Nanny, magistralmente, disse algo mais ou menos assim:

"(...) é um humor ácido, que desce queimando tudo, igual cachaça ruim"

Nanny ainda criticou a agressividade que deixa à todos constrangidos:

"nenhum empresário vai contratar um show desses! fica todo o mundo desconcertado"

Pois é assim mesmo que estamos: agressivos, ácidos, enfiando nossos comentários goela abaixo igual cachaça ruim, que desce queimando. Os incomodados? Que não ouçam, não vejam, não participem, não socializem.

Peralá... não é bem assim. Não é nada assim, aliás.

Existe um pessoal que está na moda. Estando na moda, ganha espaço e visibilidade. O difícil é ganhar respeito. Respeito é outra coisa. É tatuagem n'alma que a gente leva dessa pra outras. É ser ouvido de fato. É ter um discurso que faz a diferença, que traz satisfação à quem o faz, ainda que seja apenas para sí próprio. Aquela história de estar em paz, se sentir em paz, que é afinal ao primeiro passo na busca de todos no caminho da inalcançável felicidade, nénão?

A gente precisa de paz interior (já que fora ta cada vez mais difícil) para ponderar os fatos, os boatos, os atos e contratos dioturnos dessa vida louca vida. Tem gente que chama de "bom senso". Outros ampliam para "tolerância".

Acredito que também possa ser "maturidade" e "interesse".

Com tanta ferramenta de informação hoje em dia, não há como explicar porque se sabe tão pouco sobre a história da humanidade, das artes e da cultura em geral.

Minha filha cantarola versões da década de 80 regravadas por grupos de adolescentes. Ainda bem que ela tem quem a alerte. Ainda bem que ela é curiosa e vai atrás. Ainda bem que ela busca.

Nanny People tem o meu respeito e o de tantas e tantas outras pessoas por ser o que é. Por falar sem rodeios o que precisamos ouvir, por conseguir adjetivar um conceito inteiro, facilitando a compreensão dos que tem preguiça de "fuçar" na nossa história.

Clap! Clap! Clap!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ZIZI POSSI

Ontem gravamos com Zizi Possi. Extremamente simpática e generosa. Foi pro ar hoje. Gostei muito.

TRILHA DE NOVELA

Não dá pra não dividir essa.
Estava fuçando numa comunidade, lendo, relendo e reaprendendo um pouco de cada coisa como faço quase todas as noites quando dei de cara com a trilha sonora da novela "O Casarão". Comecei a ouvir a coisa toda ripada de vinil, com os pops e clicks e chiadinhos e to ouvindo até agora. Rolando Carpenters, I Know I need do be in Love. Carpenters! Tem coisa mais classe média romântica anos 70 do que Carpenters?
To curtindo.

1962, uma boa fornada


17 de Janeiro: Jim Carrey (ator, The Mask e avô)
30 de Janeiro: Jennifer Jason Lee (atriz)
08 de Março: Tom Cavalcante
09 de Abril: West Side Story - Oscar de melhor filme e outras 9 estatuetas
23 de Maio: O Pagador de Promessas - Palma de Ouro em Cannes
24 de Maio: Luiza Brunet
03 de Julho: Tom Cruise
31 de Julho: Wesley Snipes
13 de Agosto: Marcelo Novaes
17 de Setembro: Fátima Bernardes
11 de Novembro: Demi Moore
31 de Dezembro: Pedro Cardoso
What Ever Happened With Baby Jane? - Robert Aldrich
Os Cafajestes - Ruy Guerra
VII Copa do Mundo de Futebol/Chile - Brasil Campeão

Nascemos eu, você e os queridos que conhecemos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

da série: CRIAÇÃO E CRIATURA

Faça você mesmo uma caixa para garrafa de vinho. Decore da maneira que quiser. Encape com fotos, colagens, papéis criativos ou jornal.
Depois pinte, risque, rabisque... enfim.
Crie e seja feliz!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PEQUENO PODER, GRANDE ESTRAGO

Nada como o tempo (de estrada) para apurar nossas habilidades naturais ou adquiridas, tanto faz. O tempo apura de qualquer jeito.

A capacidade de observação, por exemplo. Se em nossa área de atuação a observação sempre foi requisito necessário, com o passar - e dom - do tempo, fica muito, muito fina.

Observação apurada com o amadurecimento então... nossa.

Pois, bem. Em minhas empreitadas observatórias, um tipo de pessoa bastante comum tem me chamado a atenção. Mais do que atenção, tem me incomodado bastante.

Certamente todo o mundo já teve e provavelmente ainda tem um tipo desses ao redor. É aquela em cuja presença é preciso ter cuidado com o que se diz, com o que se fala e com o que se faz porque com certeza ela vai soltar um comentário aqui, outro lá, outro mais adiante, mais um aqui pertinho. Geralmente desfavorável. E como você sabe que tem que tomar cuidado? Porque ela fala dos ausentes na sua presença, conta uma história conhecida de modo diferente o suficiente para a pulguinha se mudar para sua orelha.

Geralmente essas pessoas passam de nine to five colhendo informações para detonar o desafeto. Não se iludam, é detonar mesmo. Esse tipo de gente tem habilidade estratética para criar uma situação desconfortável e principalmente, desviar o foco de sí. É um tanto quanto písico isso: ao mesmo tempo que querem tudo de todos, inclusive os holofotes e créditos e louros e dinheiros, aguardam discretamente - e nas sombras - o momento do mergulho absoluto na fama.

Todos nós lidamos com isso. Todos os dias.

Eles estão entre nós: o detentor do pequeno poder. Aqueles cuja função os coloca em contato com todos os departamentos da empresa.

Fique atento às pessoas que fazem piada de tudo e que sempre têm um comentário engraçado sobre alguém ou situação com muita frequência. Veja bem: eu disse SEMPRE. Rir é muito bom, muito bom mesmo. Mas rir de tudo é desespero. Essa pessoa não ri apenas com você. Ri de você com os outros.

Seja delicado com seus colegas de trabalho. Cuidado para não embarcar na onda dessas pessoas, não faça observações jocosas nem diga alguma coisa de que vá se arrepender depois.

O ambiente de trabalho, por mais descontraído que seja, é ambiente de trabalho. Não escolhemos nossos colegas como selecionamos amigos.

Falar mal do chefe é praxe, é terapêutico, justifica falhas e alivia a culpa. Porém, muito cuidado para não ser você o autor daquela frase detonáutica que todos adoraram, que usam sempre. Quando o bicho pegar, os dedos apontarão para o autor. Procure não humilhar seus colegas, mesmo aqueles que são parceiros de brincadeiras. Uma hora ou outra, os limites se excederão e você pode magoar um grande amigo.

O DPP (detentor do pequeno poder) pode levar você à atitudes que não são suas.

Seria bacana que dentro do preceito humanista que rege a sociedade, que nos tratássemos à todos com respeito e dignidade que merecemos como cidadãos e pessoas de bem.
Não por medo da língua.

Tratar bem uma pessoa de caráter duvidoso por política social (leia-se: receio que a pessoa coloque seu nome em boca de Matildes, faça comentários desfavoráveis à seu respeito em rodinhas de conhecidos, lance uma dúvida sobre sua índole ou intensões e por aí vai.) não é bacana. É aflitivo. É deixar que a neura tome conta dos seus dias.

É preciso diplomacia? Sim, claro. Parcimônia também. Olhos bem abertos e ouvidos atentos são fundamentais. Observar é fundamental. Permanecer bem informado é essencial. Esses são os requisitos que, alidados à criatividade e arrojo, certamente levarão o inteligente emocional ao sucesso. Sem precisar lançar mão de métodos escusos.

Sucesso, harmonia, paz e sabedoria sempre.

Estamos na ponta do círculo. Logo logo o de cima cai, o de baixo sobe para depois cair outra vez... nada como poder olhar para trás tranquilamente. Em paz consigo. A paz em todas as suas formas é o verdadeiro segredo.

Namastê!


sábado, 7 de agosto de 2010

PELOS NOSSOS

Nossos sobrinhos tinham a mesma idade e iriam crescer juntos. Nós levaríamos nossos sobrinhos ao teatro, cinema, parques e festinhas enquanto não tivéssemos nossos próprios filhos. Havia tempo para isso, pelo menos mais uns 5 ou 6 anos.

Dividíamos a satisfação por cada declaração de amor das crianças. Era muito gostoso brincar de tios-quase-pais. Dava a sensação de uma maturidade que não tínhamos: precisávamos ser responsáveis e cuidar dos nossos preferidos como gente grande.

Era guttchi-guttchi levar pela mão um ser humano que estava aprendendo a falar.

Sábado à tarde. Cheiro de grama e xixi de cachorro no Ibirapuera. O vento trazia um queimado não se sabe de onde. Tinha sol e o céu era azuzim.

Eles cresceram, eu tive o meu, você o seu mas não tivemos os nossos. E o Ibirapuera continua sendo.

Tava imaginando se reconheceria seus sobrinhos. Tanto quanto desconheço os meus, soltos nessa Vila Madalena, questionando tudo e todos.

Por isso vim aqui.






terça-feira, 3 de agosto de 2010

PRÉ-PRO-RADIOATIVIDADE

Esses moços, pobres moços... ah! se soubessem o que eu sei! Não amavam, não passavam aquilo que eu já passei...
Antes que os "aurelianos" de plantão corrijam o português do título por conta das novas regras ortográficas da nossa tão incensada língua portuguesa, eu explico os hífens:

Sou de uma geração privilegiada. Acredito que já tive a oportunidade de partilhar dessa convicção neste espaço, inclusive.

Pois, então: esta minha geração é pró, foi pré, é ativa, radioativa e proativa (esses homens fantásticos e suas definições maravilhosas...). Os hífens fazem parte da interpretação de texto da minha geração. Travessões, exclamações, reticências, acentos agudos e circunflexos, traços e desenhos nos ajudam a compreender a comoção contida na frase. Líamos peças de teatro totalmente marcadas, livros acentuadíssimos e a cena praticamente se materializava diante dos nossos olhos.

Agora vem o século 21, a globalização, a necessidade de ajustarmos a comunicação com o mundo etecétera e talz... Confesso que fiquei confusa durante um período. No meio do campo, sem saber se chutava a bola pra direita, pra esquerda, pra fora ou pro gol. Foi quando decidi parar de sofrer por conta de irrelevâncias da vida. E na minha lista, na idade em que estou, a reforma ortográfica estava me fazendo sofrer porque adoro escrever e não quero errar, como todos nós, não quero ser julgada. Não queria. Agora pode. A reforma ortográfica ficou insofrível pra mim.

Estão explicados os hífens?

Agora ao que me trouxe à este post. Interessante é pensar que quando se passa a contar a vida de dez em dez anos, as conclusões são maravilhosas e extremamente revigorantes. Revigorantes, sim! A gente percebe que nada, absolutamente nada - exceto a saúde e as emoções que nos dão ou tiram a própria - é tão grave e puxado quanto parecia há dez, vinte ou trinta anos atrás.

Isso não é ótimo?

É fantástico! Se nessa época já vivemos mais do que vamos viver daqui pra frente, isso significa que antes se tínhamos a impressão do "sem fim" do tempo e experiências hoje medimos o tempo pela qualidade, merrmão!

Não é maravilhoso?

Se você tem menos de 30 anos, deve estar achando tudo isso um saco. Ou, para meu gáudio e contentamento, não. Se você tem menos de 30 anos, isso é apenas leitura. É bacana ler e lembrar láááá na frente.

Agora, se você é da turma de 62 - menos ou mais - né demais isso??!

Nós fomos testemunhas oculares de muito assunto de rodinha de boteco. A gente tava lá!

Há quem diga que nós, "entões", somos folclóricos e saudosistas, que o nosso tempo é que era bom, e blá, blá, blá. Eu até acho isso mesmo. Quem diz isso hoje é o saudosista de amanhã. Acho que faz parte da vida. Mas, se a tecnologia é a grande responsável por mudanças tão profundas no comportamento humano deste século, o que dizer de quem votou pela primeira vez aos 25? Quem só usou um computador lá pelos 30, 30 e poucos? Quem comprava discos de vinil pela capa pra depois descobrir o som imaginário cheio de "pops e clics"?

Olha, dá uma saudade da sensação de ter um All Star verde importado tão raro e difícil de conseguir naqueles dias... E o cheiro da papelaria quando recebia um lindo e novo papel de carta?

Talvez a diferença entre gerações esteja exatamente aí: a dificuldade de conseguir as coisas mensura o seu valor. Hoje tudo parece muito fácil. Não é mais preciso muita dedicação para ouvir uma música, montar uma compilação, produzir uma festa. Tudo tem aparência de nada, e nada pode ser o melhor que se consiga na vida real.

Quando mensuramos, quando damos valores às coisas, é quando definimos a importância que cada uma delas tem na nossa vida, no nosso meio, nosso trabalho, ofício e prazer.

No fundo, no raso, é como lidamos com todo o resto da nossa vida e como sempre tem sido desde o início dos tempos: a descoberta do bem quando este já se foi... "Esses moços..."

Por isso, ao preencher uma ficha de emprego ou carta de intensões, nós "entões" deveríamos pular qualquer assunto relacionado a "proativo" ou "proatividade". Fomos forjados nessa forma. O que conseguimos e conquistamos é fruto de atitudes proativas de uma vida toda. A criatividade era condição primeira para superar dificuldades e desafios. Nós crescemos assim. E ainda temos uma certa experiência de vida que não é de se desprezar, falaverdá...

Somos pré, pró e radioativos.

That's all, folks!


(sobe vinheta, fecha pano)

terça-feira, 27 de julho de 2010

MURPHY, O OTIMISTA

Sorvete de pobre sempre cai a bola inteira no chão. Ploft.
(Não ta com cara de quem atravessou a cidade depois de economizar todos os trocados pra comprar o sorvete de casquinha tão desejado?)
Depois que li textos autobiográficos do Nelson Rodrigues, deu vontade de ter um jornal. Impresso mesmo. E ter uma máquina fotográfica com aquele flash enorme, redondão, muito usado nos filmes P&B da velha e boa Hollywood.
O chato da experiência é que a gente vai ficando mais esperta e quanto mais esperta a gente fica, menos ingênuos são os desejos e a satisfação não exige esforço em demasia. Então, deixa o jornal pra lá.
Era uma luta editar um jornal naqueles dias. Romântico, eu diria. Hoje os erros de português e concordância são tantos que não dá pra tirar dúvidas nessas publicações. O "pai dos burros" está mais fundamental do que nunca. O impresso mesmo (isso, de novo). O impresso, revisado e editado, com responsável, endereço e pedigree.
E dá pra confiar na internê, gente?!
Salvem nossas floestas, viva o papel e que tudo mais vá tomar sorvete.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SORRIA! Você está sendo filmado(a), vigiado(a), fotografado(a), monitorado(a), catalogado(a), numerado(a)...


quinta-feira, 15 de julho de 2010

BENHÊÊÊÊÊÊ!

Tá na hora da jããããããããntaa!

LILLIPUT dos PEQUENINOS



Entre continentes, não creio que sejamos da tribo da sorte. Sem irmandade nem protetores, contamos com nosso trabalho e a honestidade que trouxemos do lar para recriarmo-nos a cada e todo dia.

Somos mantenedores de um "estado das coisas" onde um mínimo erro mínimo pode fazer ruir a estrutura de toda uma vida toda.

Tanta vida! Tanta coisa! Não deveria haver inimigos entre nós pequeninos. Será que teríamos força para manter um Guliver anão preso à fios de cabelo neste solo?

Acho que sobrevivemos nesta terra de gigantes. Talvez não como partners, talvez nunca como irmãos. Um "talvez iguais" seria bom. Um "quase" seria praticamente perfeito

Um estado interessante.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PARADIGMAargh!

Mais uma judiação
Em um final de semana em Guararema aconteceu uma espécie de seminário patrocinado pela empresa que trabalho. Já faz alguns anos, mas foi marcante para meu crescimento como profissional de criação. Lá aprendi que ampliar a visão é uma tarefa esquecida na pressa nervosa do dia a dia corporativo.
Já contei que leio mais de um livro ao mesmo tempo? Então, algum cultuado ou muito comentado, uma biografia (adoro biografias!) e um outro mais técnico, aqueles americanos que tem solução pra tudo e exemplos pra todas as situações, lições de moral e ética para gestores iniciantes. Espremendo bem, alguma coisa se salva nesse tipo de publicação, porque nosso modelo de gestão ainda é importado. Além da globalização, claro.
Dando um desconto pra realizade muito além da nossa, alguns conceitos fazem bem depois de ler.
Uma coisa é certa nessa minha busca: paradigmas não são bem vindos. Paradigmas são um atraso na empresa. Hábitos e pré-conceitos, irmãos mais velhos do velho Para, acabam com qualquer idéia ou possiblidade de crescimento.
Por isso há que se ter gestores que ajudem à acabar com esta praga que parece ter vindo da revolução industrial... tão matemático! Tão lógico, tão absolutista e, claro, acima de tudo confortável para quem precisa de paradimáticos que justifiquem o mal funcionamento desse ou aquele departamento, desta ou aquela idéia.
O paradigma pára tudo.
Não dá chance pra ninguém.
É cruel com as novas oportunidades.
Está sempre cercado da torcida do contra que necessita de sua existência para justificar outras tantas bobagens...
Abaixo o paradigma!
Viva a humanização empresarial!
Salvem as focas do ártico!
Protejam nossas florestas!
Ajudem nossas crianças!
Falem a verdade! (ups! escapou...)
Dêem uma chance ao novo, à remissão, à aceitação e à absolvição dos pecados.
Precisar de um outro errante é reconhecer que não se está pleno, sequer para ajudar.
Xô, paradigaaaaaaaarrghhhh!!! (blurp!)

domingo, 27 de junho de 2010

DESENROLE O DESENCONTRO

Mary and Max: o blog de um só leitor (e vice-versa)

Sim, nós erramos. Todos erram. Uns feio, outros nem tanto. Alguns muito, muito feio.
O problema não é o erro em sí, mas carregar a responsabilidade, a culpa (definitivamente, não gosto dessa palavra) pelo engano. Mas, espera aí... "erro" ou "engano"? Qual a diferença entre os dois? Após googar os termos, surgiram tantas definições para esta ação humana que compará-las ficou bastante divertido. Segundo o oficialíssimo Michaelis:
Erro: 1. Ato de errar. 2. Equívoco. 3. Engano. 4. Inexatidão. 5. Uso impróprio e indevido.
Engano: 1. Ação ou efeito de enganar ou enganar-se. 2. Insídia. 3. Falácia, logro. 4. Falta de realidade no que se supõe certo.
Equívoco: 1. Que dá lugar a várias interpretações. 2. Duvidoso. 3. Que é objeto de suspeita, ambíguo. 4. Engano, erro ou lapso.
Parei a pesquisa por aí. Já estamos bem de definições. Eu, particularmente, prefiro "equívoco": mais chic, polida, importante, menos usada e com exemplos interessantes, inclusive com os outros termos embutidos.
Lendo, o ato nem parece desagradável. Já dizia um pensador inglês (ou não): "Definir é limitar". Nossos "erros" estão assim, definidos e limitados nos seus devidos lugares e alí deverão permanecer para que possamos nos recuperar de um ato involuntário, doravante denominado Sir "equívoco".
Se é involuntário, obviamente não é proposital. Se não é proposital, não houve intenção. Se não houve intenção... uátáfâck!! Por que a culpa?!
- (...)
- (...)
Quanta marola... As consequências são tantas que o motivo da culpa (já disse que não suporto essa palavra?) nem tem importância. O que ferve é o resto em volta. Res-to. E aí criamos monstros que nos assombram transformando o nada em alguma coisa.
Erramos, nos enganamos, nos equivocamos...
Um erro, pronto! Dois erros? Mais?! E o que é que tem? Se não forem na mesma editoria nem recorrentes, sinal que estamos aprendendo e sem medo de buscar, procurar, expor, pedir, doar, mostrar.
O importante é o reconhecimento. O (re)conhecimento se transforma em combustível para essa máquina cheia de botões, correias, roldanas e molas que é a nossa cachola.
Sim, eu sentaria com você num bar da Avenida Paulista para tomar uma coca-cola e ouvir sobre meus erros, aprender com os seus, (re)conhecer e melhorar como pessoa.
A mágoa não é um sentimento bom de se cultivar.
Aprender não é assim fácil como uma cantiga...
Eu te ensino a fazer renda, tu me ensina a não errar.
Não vivemos no Tibet.
Essa vida é um grande desencontro mesmo... tão longe dos problemas e tão perto das soluções... Amigos cheios de afeto do nosso lado e a gente não vê.
Vamos diminuir o peso dos nossos equívocos?
Topa dar mais leveza ao cotidiano?
Pegue o telefone, converse, ponha os pingos nos ís, desenrole o desencontro e transforme sua postura mantendo a mente quieta, a espinha ereta e o coração - na medida do possível com tanto vazamento de petróleo - tranquilo.
Asta.
Boa semana.

MOMENTO DE MEDITAÇÃO FOFINHO

M Ommmmmmmmmmmm....
(e livrai-nos do mal, amém)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

FANTA MARIA E PANDORA

Apopléticos brincando de deus, o deus que controla vidas, histórias resistentes de perseverantes - errantes.

Errantes que rezam e rezam e rezam buscando proteção e alento, abnegando-se e desistindo de ser para apenas sobreviver.

Num teste de resistência eterno, o senhor é você que olha e finge que não vê controlando à distância seus admiradores desafortunados.

E o que seria de seu poder sem os desafortunados? Sem os necessitados?

Onde estão os verdadeiros líderes que marcaram à ferro, fogo, suor, cerveja e serpentina uma geração inteira de batas, alpargatas rhoda, óculos de tartaruga, boca de sino, boca do lixo e golas rulê?

Onde estão aqueles livros? Aqueles filmes? Porque histórias estão sendo reescritas e refilmadas?

Era crível - e perfeitamente possível - um mundo melhor em 70; um mundo sintético em 80, um mundo eclético em 90. Fomos cevados e fertilizados com a fé no coração amanteigado, intelectualizado, moldado, acolchoado e decorado para receber iguais nesse conforto sentimental.

Nós que nos desconhecemos. Que soltamos as mãos nos perdendo uns dos outros, desfazendo a ciranda que mantinha nosso sorriso - como o peito - aberto para toda uma gente.

Nós que nos amávamos tanto e não terminamos essa história de amor.

Nós que vivemos dessas histórias mal acabadas e mal resolvidas como sonhos que podem ser retomados ainda nesta vida, somos obrigados a calar diante da diplomacia hipócrita necessária para a convivência e sustento financeiro.

Hoje, com mais vocabulário e vivência, conseguimos definir e até aceitar o pecado inconfessável escondido no interior do interior de nossos desejos.

É muito difícil humanizar a humanidade. Mais poderosa do que nunca! Tecnológica, cibernética, mapeada e chipada, controladora como uma Big Mother sem a mínima culpa.

Programas de TV tentando salvar a fé na espécie, mostram os solidários resgatando almas perdidas, desafortunadas, necessitadas.

Um campeonato mundial de futebol escancarando regimes político-sociais inumanos, pré jurássicos controlados pelos mesmos deuses ao nosso lado, pequenos deuses e seus pequenos poderes e enormes influências em nossas vidas.

Agora me veio à mente a peça "Quem Tem Medo de Itália Fausta com Os Filhos de Dulcina Ricardo Almeida e Mguel Magno que assisti num galpão no início dos anos 80. Fanta Maria e Pandora jogando panfletos para e na platéia. O teatro minúsculo. Dava para sentir o cheiro de pó compacto, da maquiagem e do papel. Foi a primeira vez que vi de perto homens vestidos de mulher fazendo teatro. Foi a primeira vez que me encantei com o teatro divertido, besta e inteligente.

Não sei porque a cena e os cheiros estão aqui.

Talvez eu saiba.

Talvez só acabe quando termine.
.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

GREY GARDENS ou Como a Arte Imita a Vida

À esquerda Jessica Lange e Drew Barrymore como Big Eddie e Little Edie (à direita, na vida real em 1975) no filme produzido pela HBO em 2009

O tempo era outro. A loucura era outra. A violência era de dentro para fora. A resistência à modernidade dos anos 70 consolidando histórias para todo o sempre, graças - mais uma vez - ao cinema e à disposição de jovens documentaristas. Um retrato desconfortável e ao mesmo tempo cativante da solidão. A história das Eddies não é ficção. É a mais pura e crua realidade. Uma realidade que os norte americanos não estão acostumados à exibir, sequer aceitar. Essa história da criação do mundo (sim, era um mundo delas, sem regras nem convenções, o que para os gringos foi um choque e tanto) só ganhou importância porque era em Grey Gardens que a pequena Jacqueline Kennedy Onassis passava as férias de verão. Imaginem uma mansão quatrocentona na Paulista, rodeada de muita grana e prédios nabanescos, infestada de ratos, gatos e seus respectivos dejetos, tendo como mantenedoras duas senhoras fora de sync.

Grey Gardens é isso. Em 1975, o documentário. Em 2009 o filme. Clap!Clap! Clap! para Jessica Lange. Clap! Clap! Clap! Em pé para Drew Barrymore interpretando uma mulher de quase 60 anos. Impressionante a história real. Impressionante as interpretações, a direção de arte e a adaptação do filme de 2009.

Sugestão: assista primeiro o documentário. É mais impactante.

This is it.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

ONONONONONO

Somos onomatopéicos. Impossível um de nós não contar uma história sem sonorizá-la. Somos brasileiros, criadores e mantenedores da melhor música do planeta. Só poderíamos ser onomatopéicos mesmo.

Isso vale um post mais caprichado, nénão?
I'll be back.
(as usual)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

E VOU. MESMO.


É uma injustiça com a recordação e a lembrança esse negócio de tristeza, lamentar o tempo bom que não volta mais... pelamôr. O tempo foi bom e é bom lembrar. Ponto. É legal! A vida acabou porque a gente entrou nos enta por acaso? Já pensou se não lembrássemos de nada bom? É le-gal! É gostoso rir desse passado, é revigorante, energizante. Melhor que livro de auto-ajuda é dançar um bom Sidney Magal, ou rever a Gretchen em plena forma e sucesso no Cassino do Chacrinha pelo Youtube. Eu, por exemplo, quando ouço as Frenéticas cantando Dancing Days, chego a sentir a irritação das meias lurex no peito dos pés apertados pela sandália de acrílico (em cima e no salto, é....!)


Já me disseram que lembrar é coisa de velho (?!) e quem vive de passado é museu. Mas, ó... é muito bom! Não é à toa que tudo o que lembra nossos inte-inta-anos são os e-mails mais enviados e recebidos que conhecemos. Pelo menos não esquecemos que recebemos. Lembra, né, véi?


Eu fico feliz com toda essa tecnologia à minha disposição, e grata à quem entende e se dispõe a postar vídeos, músicas e fotos internet afora me permitindo matar saudades de quase-absolutamente-tudo o que desejo.
Veja por exemplo o post De Volta Para o Futuro, com o vídeo do Solano e Seu Conjunto. Eu fico feliz só em sentir para onde primeiros acordes me levam


Então, podem relaxar que eu vou mesmo. E vou. Mesmo.

P.S.: aproveitem e revejam o clipe "Chega de Mágoa" que acabei de inserir em outro post. Uma delicinha. Me senti revendo amigos do colégio.

domingo, 16 de maio de 2010

BACK TO THE FUTURE (2)



A janela do meu quarto era assim. Rua Capote Valente, segundo andar, última janela, em cima do muro de pedras que hoje está coberto de trepadeiras para evitar pixações. Sim, "eles" pixam pedras.

Dentro da janela, li muita coisa. Assisti filmes clássicos no mais clássico VHS, cantei achando que ninguém ouvia (hoje sei que se ouve tudo-tudo num apartamento) e dormi noites únicas na cama de solteiro que ainda está aí, dentro dessa (quase minha) janela.

Da janela, li o primeiro e único grafitte feito para mim, em tinta fosforecente para brilhar à noite, de um tempo que dava para ficar escrevendo de madrugada na Capote Valente, hoje tão movimentada a qualquer hora do dia ou da noite.

Meu pai me viu fumar pela primeira vez de baixo da janela. Eu dentro dela. Voltou com um maço de cigarros para que eu não fumasse "porcarias dos outros". Naquela época desconfiávamos muito pouco dos males do fumo, e a geração saúde não havia nascido, o que aconteceria em seguida. Jane Fonda pelo menos já publicara vídeos sobre como manter a forma. Era o começo. Embora manter a forma naquela época tivesse mais a ver com anfetaminas do que com a saúde em sí.

Uma coisa é bacana por aqui. Sempre há mais o que dizer, sempre há tudo pra lembrar, e como o tempo continua com o vento, pelo menos dá pra deixar registrado algo para não esquecer de voltar... pro futuro de novo.