Apesar deste tapa na cara, da ardência em meu rosto, meus amigos sempre serão porque um dia foram tão mais importantes me ensinando que não há desprezo quando é o coração quem fala. Sinto falta. Principalmente nos domingos ensolarados, da praia, gargalhadas e histórias. Fazer o quê? Ninguém pode acusar por não respeitar escolhas. Amarei, mesmo assim.
Ta ardendo.
Ta ardendo.
By the way, a questão do sofrimento ser opcional, vem de uma frase bastante conhecida: "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Embora tenha curtido muito e aclamado que a frase era uma lição de vida, não concordo mais. Como alguém que sente dor consegue o equilíbrio sapiente para tamanho desapego e dizer que dói, mas não sofre?
São irmãos, esses dois. A dor e o sofrimento. Você aprende a domar o sofrimento, que só vai embora quando a dor acaba, ou se acostuma.
Volta-se a sorrir, a postar alegrias, frases de efeito, fotos com todos os dentes à mostra, a conversar de igual para igual, sorrir. Isso é maturidade, não é escolha. É necessidade. Para continuar numa trilha desconhecida, sem sinais, às vezes pavimentada outras, não.
(...)
A verdadeira opção é o quanto você vai pesar na mão do sofrer e quanto vai durar. Se vai deixar o gêmeo de lado e esquecê-lo lá e não encará-lo; refutar sua existência e principalmente sua importância e esperar que o tempo faça o seu papel.
E aí? Vai ou não vai?
Mas que vai, vai. Mas que vai, vem.