domingo, 29 de maio de 2011

Esperanto


Foram tantos os amores platônicos, os encontros lacônicos prestes à explodir em verborragia, abraços e beijos, que me pergunto onde andarão essas sensações. As mais gostosas, as mais secretas, as menos discretas, as mais entregues à um fio da passionalidade. É preciso mesmo acreditar em outras vidas para que haja consolo por jogarmos tanto dessa fora.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sempre um Fusca, um Violão...


É gostoso lembrar. Mais gostoso ainda é ver a lembrança através de fotos, aquelas pré-semi-automáticas (nem sonhando com as digitais), que vão ficando avermelhadas com o passar do tempo. Tenho muitas dessas e tenho visto muitas outras nos álbuns de amigos queridos. Ainda bem. Vejo que todos fomos felizes, tivemos uma turma, amigos pra reencontrar, e principalmente motivos para lembrar o que éramos antes de nos transformarmos nessa máquina de desefa, desafeto do tempo e das voltas que a vida dá conforme os anos vão passando (envelhecer é outra coisa).
E sempre há o fusca. E o violão. Nem nega chamada Teresa nem Flamengo... eu mesma tinha um fuquinha 66 que meu pai comprou zero em 66 e um violão Digiorgio. O Fusca não existe mais, para meu desgosto. O Digiorgio vai para um luthier logo logo porque merece, companheiro de longa data, tem muita memória emocional naquela madeira envelhecida. Quero voltar a trocar energias com ele. E soar através dele.
E nós no Fusca. Com uma folga na direção que explicava porque os atores mexiam tanto os braços nas cenas de carro se o dito cujo estava em linha reta. Meninos, meninas, era a tal folga na direção, que antes de fazer a curva tinha que ser domada.

Vendo as fotos antigas dos amigos e colegas, vi tanto Fusca! Verde, azul, bege, branco, vermelho, tatuado, pintado...

Hoje o povo fala que o carro é "tunado".
Foi bom ver.
Vim partilhar, como sempre, como gosto.

Bom final de maio à todos.