sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PALMIRINHA NASCEU CULT

(ESCRITO HÁ PELO MENOS UNS TRÊS ANOS, RESGATADO DO FINADO ORKUT)
Hoje Palmirinha está no canal Bem Simples da Fox, e eu também nao estou mais na TV Gazeta. Rrrrroquê, nosso querido parceiro, foi desta pra melhor. Tio Lú curte sua chácara e a família linda que construiu. Huguinho virou  Guinho e fiel companheiro. Mas Palmirinha continua, frenética, absoluta, sem parar, nunca. Este texto, acredito, foi para alguma revitsta que escrevi e  achei perdido num HD externo e me pareceu tão 'had had"!

PALMIRINHA NASCEU CULT
 Só precisava de quem acreditasse que essa mulher era especial,  de quem lhe desse elementos para ser quem é, como sempre foi e será: cult.

Palmirinha é bastante animada, adora música, rir, se divertir... Quando assumi a direção do TV Culinária, em 2004, separava algumas músicas para “cantarmos” juntas durante o programa. Isso fazia com que ela lembrasse de sua história de vida, cheia de desafios vencidos. E assim, entre uma massa e um molho, Palmirinha contava um pouco de sua trajetória. Muitas vezes não segurava o choro  fazendo com que os e-mails entupissem a caixa postal do programa, os telefones tocassem incessantes. Era o público solidário, oferecendo ombro, lenço, casa, carinho, amor e pedindo pelamordedeus para que a nossa “querida vovozinha Palmirinha”  não chorasse mais. Comoção geral.  Outras vezes, dançava imitando balé clássico ao som de uma valsa enquanto um bolo todo enfeitado girava no utensílio chamado de “bailarina”. Era muito divertido e comovente. E motivador. Um dia paramos nosso andar cantando alto, todos no switcher "Ainda ontem chorei de saudade". Gente que curtiu e gente irritada porque não conseguia trabalhar e que, o mínimo reclamou... nem todos são o que parecem e nada como o tempo para apurarmos nosso senso se observação.
Digam o que for, nossa história não vai mudar. As festas, o "up" e como ela começou a aparecer cada vez mais conversando com o "ponto", contando suas histórias, rindo delas, chorando com elas, dançando com suas filhas, partilhando sua vida com o Brasil. Foi assim que Palmirinha foi aos poucos se revelando ao púbico e ao país.
Palmirinha sempre foi grata. A graditão tatuada em cada uma das ruguinhas no seu rosto, nas suas mãos quando preparava uma massa de pão até ficar ofegante, no brilho dos olhos quando tudo dava certo.  
É como uma fada boa,  a feiticeira amiga que une todas as tribos em volta do seu caldeirão, promovendo a alquimia de transformar alimentos em pratos fabulosos. Comida de mãe, de mesmo, saborosa como não mais provamos em tempos “gastronomicamente corretos”. É um tal de pudim de leite condensado pra cá,  uma lasanha aos quatro queijos exageradamente recheada pra lá... Palmirinha nunca economizou no recheio de nada. Podia faltar tudo, menos fartura. Fartura não faltava.  Fazia questão que se experimentasse os pratos. Ficava ofendida se alguém não provasse suas receitas. Acordava às cinco horas da manhã para testar a receita que daria no dia. Trazia tudo pronto e duplicado. Detalhista, ficava orgulhosa da mesa bonita toda enfeitada para a abertura do programa.
Dos  anos em que Palmirinha esteve na TV Gazeta, partilhei direta e diariamente – para meu gáudio e contentamento – de dois. Dois anos intensos de muita alegria e conquistas.  Não lembro o que veio antes.   Lembro do que tinha que brigar para conseguir fazer o que foi feito, o quanto era preciso argumentar e conciliar para que acontecesse o que essa cachola que não pára de inventar ficasse satisfeita. Tenho certeza de que  conquistou muito depois.
Quando me vi em frente ao computador para escrever esta coluna,  só pensava nesse período saboroso em que partilhei de sua companhia. Então, por que não?
Salve Tio Lú! Salve Huguinho! Salve Rrrrrrrrrroque! Salve “minhas amiguinha”! Salve, salve, Palmirinha.

Com carinho da CarmÊ!