segunda-feira, 27 de julho de 2009

SEU JORGE E RONNIE VON - Repostagem



É isso aí...!
Seu Jorge deu um show no Todo Seu .
Ronnie Von estava impecável e o programa mais uma vez enche a gente de orgulho.

À despeito das dificuldades técnicas, o pessoal de operações se rasgou pra afinar o som da banda: foram 18 pontos, 21 linhas; 16 músicos... um "petáculo"!

São momentos como este que me fazem compreender porque gosto tanto dessa profissão e ofício.

Parabéns à todos, obrigada Seu Jorge (uma simpatia de pessoa) e Banda Saga que mandou muuuuuito bem.
Aliás, Guilherme Moura, que participou do Visão Masculina, é autor de Burguesinha e Mina do Condomínio em parceria com Seu Jorge.



Aguardem mais fotos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DA VONTADE DE SER FELIZ

CLIQUE NO VÍDEO. LEIA OUVINDO. CES'T CI BON!
Trio Esperança em 1958 e os irmãos Mário (Mário Correia José Maria, Rio de Janeiro 1948-), Regina (Regina Correia José Maria, Rio de Janeiro 1946-) e Evinha (Eva Correia José Maria, Rio de Janeiro 1951).

Eu vou voltar aos velhos tempos de mim, vestir de novo o meu casaco marrom, tomar a mão da alegria e sair. Bye-bye, si-si, "nous allons".


Que bonitinha essa música, que delícia de voz a de Evinha. De uma suavidade!
A janela está fechada e nunca choveu tanto em São Paulo. No vidro, as gotas escorregam e Evinha canta:

Copacabana está dizendo que sim, botou a briza à minha disposição. A Bomba "H" quer explodir no jardim, matar a flor em botão... Eu digo que não!
Tão anos 70!

E eu penso: "Será que está chovendo em Copacabana?".
Graças à internet e à variedade abundante de informações, descubro que este foi o primeiro sucesso da carreira solo de Evinha, em 1969. E eu que só lembrava dela no refrão daquela cantiga: "Luciaaaaaana, Luuuuciaaaanaaaaa....". Que nada. "Casaco Marrom" cantada por Evinta dá uma vontade de ser feliz!

É isso que a música "Casaco Marrom" traz: vontade de ser feliz. Tão bonitinha.
Estou redundando? É que a música continua tocando... tão anos 70!

(...) tomar a mão da alegria e sair...

Por força do meu ofício e paixão, sei que há décadas Evinha mora na França. Ela era/é amiga de uma apresentadora com quem trabalhei, minha madrinha de casamento e amiga até hoje. "Quando Evinha vier para o Brasil, não podemos deixar de trazê-la ao programa!", ela dizia. Eu concordava e até achava bacana a "Luciaaaaanaaaa, Luciaaaaanaaaaa" mas nunca - confesso - havia me dado conta da sutileza de sua interpretação, qualidade vocal e bom gosto.

Muitos de seus sucessos foram em parceria com os irmãos no "Trio Ternura" e "Trio Esperança" (como, se eram sete irmãos? Santa pergunta, Batman!) com apelo ingênuo e infantil típicos de classe média das décadas de 60 e 70 como "O Passo do Elefantinho" e "A Festa do Bolinha".
Vamos considerar que uma Evinha com 10 anos em 1961 iniciando uma carreira devia se divertir muito.

Mas, "Casaco Marrom", composta por Danilo Caymmi, cantado por Evinha, com arranjos de 1969, é uma delícia!

O casaco marrom, quentinho... ai, como chove em São Paulo! Todos estão dizendo que sim, vamos lá! Que bomba "H" que nada! Eu digo que não, não, não...!

alô coração, alô coração... alô, coração!

Devemos resgatar o que é bom, o que fez e é história da TV e do Rádio, da nossa cultura. É uma das minhas buscas, um dos caminhos a trilhar. São tantas as preciosidades esquecidas no passado e que fazem tão bem quando resgatadas! Por quê deixá-las lá?



Vamos trazê-las. .
O resto se dará naturalmente, certamente.

Nous allons

domingo, 19 de julho de 2009

PALAVRAS SIMPÁTICAS DE SIGNIFICADO DUVIDOSO


Cuidado.
Não se deixem enganar.
Elas foram feitas pra isso.

Aguardem o retorno do palavrório

Na verdade está tarde, muito cedo, o texto está na ponta dos dedos e o quentinho me chama (está frrrrrio em Sampa!) e pra não esquecer, postei o ínfimo.

Mas eu volto pra deixar tudo bunitim. As soon as possible

quarta-feira, 15 de julho de 2009

ABENÇOAI AS FERAS E AS CRIANÇAS



Tenho saudades da Sophia, minha cã. Nos separamos por motivos alheios à nossa vontade, e agora só nos vemos nos finais de semana, como filhos de pais separados.

Sophia é uma Scotish Terrier temperamental, com personalidade felina. Se enrosca nas minhas pernas e se joga no chão de barriga pra cima, pedindo carinho quando me vê. Grunhe, quase mia. Mas quando late, late muito, muito alto, ao ponto de não sabermos o que fazer.

Tem o rabinho fino quando balança, parece um chicote marcando o "Z" do herói. E ela sorri. Sim, ela sorri. Mostra os dentes enquanto pula de felicidade em nosso encontros. E faz a mesma coisa quando brincamos. Quando cansa, escolhe um canto, deita e só os olhos se mexem, quase que implorando: "cansei, mas se você chamar vou ter que ir... não chama... não chama...".

Sophia dá sem pedir. Mas dá quando quer. Tem personalidade. Quantas vezes fiquei de cara chamando pra passear, brincar, correr e ela só olhando. O que será que pensa?

Crianças são ouro. Ouro puro ainda não descobertos nem forjados. Têm brilho e preciosidade natas, próprias. Tem um tudo pela frente. São puras. Sim, são puras. Como qualquer animal, têm suas características e nem todas tem atitudes angelicais, mas são puras, não sabem o que fazem, não identificam.

É preciso proteger as crianças e as feras, os animais e os homens, o futuro do futuro.

Bless The Beasts and The Children é um filme comovente da década de 70. Muitos atores jovens e já de meia idade que coadjuvam hoje em dia, vieram dali. Imagino quais deles optaram por ser vendedores de carros, ou agentes imobiliários... Alguns ainda dá para identificar nas telas, coadjuvando, sempre.

Crianças com problemas familiares são mandadas para um acampamento de férias e descobrem que logo ali do lado há um abatedouro de búfalos. Eles resolvem salvar os búfalos como se estivessem salvando a sí mesmos.

O fim é triste e trágico. E comovente. Para lembrar de não esquecer...
A voz marcante de Karen Carpenter ajuda na melodia melancólica de uma trilha simples porém eficaz: "Bless the beasts and the children, 'cause in this word they have no voice, they have no choice.".

É isso.

Saudades da Sophia.

(post original em 12 de Julho de 1009)

ENSAIO SOBRE COMPROMETIMENTO


(Repostado do original em 17 de setembro de 2008)

Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem"
trecho do livro "Ensaio Sobre a Cegueira", do ganhador do Prêmio Nobel José Saramago

Desde que me propus à observar mais atentamente o círculo à minha volta (e ele anda comigo onde quer que eu vá, mutante), que faço tudo à pé.

Estou numa região que permite isso, Avenida Paulista. Vou em todas as direções, já desbravei quase todos os cruzamentos, da Consolação à Vila Mariana. Revi endereços da minha infância e suas modificações.

Meus médicos são todos por aqui (chic! "meus médicos"...), laboratórios também, o que me possibilita caminhar bastante.

Numa dessas voltas de médicos ou laboratórios, me vi em frente ao cine Belas Artes, hoje HSBC Belas Artes. Admirando os pôsteres, entrei perplexa com a quantidade de salas e filmes em cartaz. No meu tempo - vocês lerão muitas vezes esse "no meu tempo" - eram quatro salas, antes do incêndio. Sim, o Belas Artes já pegou fogo e quase deixou de existir. Lá eu assisti filmes belíssimos, sozinha. Eu, o filme e meus pensamentos.

Eram quatro e quinze da tarde e vi que Ensaio Sobre a Cegueira começaria dali 5 minutos. No dia anterior havia lido uma entrevista com Fernando Meireles e queria ver o filme. Comprei o ingresso e depois de um longo e tenebroso inverno, fui ao cinema sozinha, e - melhor - no meio da tarde.

Foi muito bom. Em todos os aspectos.

O filme é fortíssimo, denso. Adoro Julianne Moore, Danny Glover, Gael Garcia Bernal e particularmente Mark Ruffalo, cujo trabalho acompanho com admiração. Mas não quero falar do filme, e sim sobre o descortinamento provocado por ele, naquele dia, naqueles momentos.

Motivada pela densidade blasé da personagem de Jualianne Moore, saí do cinema com uma palavra na cabeça: comprometimento. Conforme caminhava, a palavra ganhava irmãs, formando frases: "falta de comprometimento", "medo de comprometimento"...

A maioria das pessoas não se compromete. Me parece que suportam compromissos já assumidos, como um casamento ou família, ou outros obrigatórios como um emprego,este com a ilusão de que podemos deixar o "fardo" quando quisermos.

Não há compromisso real. Envolvimento.
E se não há envolvimento, não há amor. Se você suporta seu emprego, ou "empurra" suas funções, ou ainda dança conforme a música, você não ama o que faz. E quem quer amar o trabalho?
Eu amo o que faço. Seja lá o que estiver fazendo, estou sempre apaixonada.
E amando consegui realizações que guardarei comigo sempre. Veja bem, realizações não significam cargos e salários, mas momentos raros, ímpares, que ajudaram a formar o que sou.

Trabalhar com amor torna tudo possível, realizável, bonito, alegre.

Como a única a enchergar num mundo de cegos, Juliane Moore, com um poder momentâneo incalculável, guia-se e guia os outros pela ética do amor, formando uma família renascida da degradação e horror humanos.

À propósito, gostei do filme.

Namastê!

terça-feira, 14 de julho de 2009

TEM, MAS ACABOU.



Aparentemente uma grande bobagem, mas é a mais pura verdade. Ainda temos ícones e histórias pra contar, reviver. Estão todos passando dos 60, poucos indo com menos, bem menos do que isso e, confesso, não vejo substitutos ou parecidos com quem marcou época.

Vivíamos brincando e aprendendo com os clássicos da Sessão da Tarde.

Não vejo as criações depois dos anos 90. O que é que há? O que é que houve? a Era da tecnologia da desinformação? Vamos lá... tudo bem que a T.I. veio com tudo, democratizou a informação, criou novas formas de convívio... Eu adoro. Uso muito, publico, republico, implico, repelico. Mas, e aí?
E o sangue? Entrei no twitter recentemente, fiquei empolgadíssima (depois que entendi do que se tratava). Uma boa idéia que efetivamente, pelo menos por enquanto, aproxima as pessoas do modo desse século: em poucas linhas, rápido e diariamente. Por isso fiquei incomodada quando percebi que aquelas "ondas" pseudo anarquistas também habitavam o twitter. Em nome da liberdade de expressão, do humor latino e esperteza brasileira, vi uma competição crescer tão ferozmente que, com diz minha filha, "fiquei de cara". Queriam passar o Michael Jackson, criaram um outro e saíram à caça de adeptos. Uma lou-cu-ra! Teve gente que, constrangida, disse não saber mudar foto, isso e aquilo... enfim. Logo o twitter, tão habitado e poderoso. Tão cheio de pessoas com o poder de influenciar, tocar os outros.

Alguns detentores desse "poder" orgulham-se do falso anarquismo. E quem diz ao contrário,é chato, serioso... ah, tem que ter o humor brasileiro, tem que gritar pra qualquer vitória de competições teimosas que nunca deixam de existir.

O grande filósofo contemporâneo, possuidor de uma sabedoria ímpar e singular, o Palhaço Bozo, já dizia: "Sempre rir!!".

É isso.
Também acho. Pra viver, é melhor sempre rir. Mas como é que diz a letra da canção mesmo? "(...)e que você descubra que rir é bom, mas que rir de tudo é desespero."

O negócio é manter o humor sem perder la compostura jamás.

Vamos brincar.
Quando é que vai acontecer de tocarem os corações novamente? Será que por isso Kevin e os Anos Incríveis fez tanto sucesso? Vontade de reviver o que não pode mais acontecer ou que não acontece faz tempo?

A little less conversation, a little mor action, please!!!
Criatividade existe. Tem, mas acabou.

O PRINCÍPIO DO FIM... DE UMA ERA.




Não são poucas as coisas que lembro em 75, mas dentre tantas há aquelas que parecem "ontem". Uma delas era a religiosa espera diária para assistir à novela Gabriela, na TV Globo, e na sequência o seriado "As Panteras".

Então, 24 anos depois, leio na primeria página do Terra: Farrah Fawcett internada.

Dois minutos depois: Piora estado de saúde de Farrah Fawcett

E...: Morre a eterna pantera Farrah Fawcett.

Quando começava a ensaiar escrever alguma coisa sobre, meu telefone toca e a voz da minha mãe é quem diz: "O Maico Jaqueson bateu as botas!". Juro, desse jeito. E eu: "como assim?! o Michael Jackson??". Minha mãe: "Ele mesmo. Mârreu.".

Impossível não passar por um estado de coisas depois dessas informações. Afinal, mais do que "stars", eles eram dois de muitos símbolos de uma era, toda ela feita de (re)descobertas, provocações e conquistas. Os anos 70 foram a preparação para o fim. Calma, explico. Os 80 repecurtiram as conquitas das décadas anteriores, e quando pensávamos que chegaríamos ao auge de nossa capacidade natural, fomos novamente sufocados não pelo proibido e indigesto socialmente, mas pelo medo. Medo da morte, da doença. E o fanatismo que se criou em torno do que não sabíamos, nos fez regressar ao mais primitivo dos comportamentos: o fanatismo. Medo da morte e do fanatismo, da falta de tolerância, de paciência, do discurso, da filosofia, do auto-conhecimento.

Enfim. Sem delongas, ainda há viventes e sobreviventes de um tempo mágico. Quando Farrah Fawcett e Michael Jackson partiram, no mesmo dia, não pude deixar de pensar em tantos outros que um dia também irão: Barbra Streisand e Kris Kristopherson, as outras duas Panteras, o John-Boy dos Waltons, Tom Jones, O Agente 86, e tantos outros sessentões esquecidos. Fora os quarentões e cinquentões que já estão dando manutenção, como MIchael J. Fox e o primeiro Luke Skywalker...

Vamos lembrar dos que não estão na mídia, vamos reviver as emoções. Será qjue ninguém questionou porque joguinhos de memória fazem tanto sucesso por aqui? Que e-mails lembrando de brinquedos e produtos do passado continuam bombando? O que buscamos resgatar? Não é possível que o façamos, de fato?

Me senti no princípio do fim de uma era. Acho que não teremos mais nenhum pop star como Michael, nem ídolos como Beatles ou Elvis. Conforme eles vão morrendo, morre junto um pedaço de história muito, mas muito particular, que os tempos cibernético-internáuticos-nano-tecnológicos de hoje em dia não compreendem.

Acho que é por isso que este blog passou a existir. E por isso que também tenho orkut, twitter... pra ficar mandando recados dessa época. Minha geração viu tudo. É pré-computador e consumismo exacerbado, e isso não tem preço. Precisamos deixar registrado o que nos lembramos, o que fomos, o que vivemos para quem se interessar. Cada um de nós é um livro repleto de histórias e figuras. Espero não decepcionar leitores. Corresponder à minha expectativa, no mínimo.

I'll be back.

PRECIOUS...?!



Não há vivência suficiente para entender a natureza humana e suas "escorregadelas" morais. Em qualquer nível: Federal, Estadual, Municipal, Distrital e pessoal.

Ces't la memme chose, mon ami. Todos atrás do que alimenta alma. Engraçado é que quando falamos em "alma", pensamos logo em coisa boa, superior, inefável, bondosa, livre dos pesos e erros deste mundo... pensamos em salvação.

Digo engraçado porque não me parece que seja isso, e sim, longe disso. Para que eu não confundisse mais as coisas, após muita leitura e contemplação, concluí que alma é irmã siamesa da psiquê. Uma controla a outra. Uma pode ser o bem, a outra não. Ambas podem ser o mal e ambas podem ser amáveis. Mas sempre antagonizam, alternando-se nos papéis. Somos claro e escuro, bem e mal, e toda o discurso do "Cristal Encantado" e otras películas más.

Jamais pensei que fosse vivenciar de perto essas manifestações e que fosse pivô do surgimento do "lado negro da força" de pessoa próxima.

Vi de perto o que a cobiça faz. Senti - literalmente - na carne o poder manipulador e oportunista. Defini melhor oportunismo. É... não se pode desperdiçar a oportunidade na sua frente. Sentimentos construídos sobre areia movediça não custam nada à desaparecer.

Smeagol, meu caro. Pelo menos você mostra na cara e no corpo o que realmente tem dentro de sí. Não é sedutor e nem consegue enganar - não por muito tempo - e, melhor, tenta controlar o monstro da cobiça que o transformou no que é.

Tsc-tsc... Que feio, pessoa. Que feio.

DO TEMPO EM QUE AGASALHO ERA JAPONA



Eu sou pré-tendente: pré vídeo cassete, pré televisão à cores, pré computador, tudo com tendência à conhecer o que se inventa.

A primeira vez que marquei digitais num teclado de computador foi aos 33 anos, presente de aniversário do meu marido. De aniversário e maternidade, há um ano nascia nossa filha Beatriz.

Quem é que desta geração, depois de assistir ao filme de DVD não ficou procurando o botão pra “voltar a fita” pra não pagar multa na locadora?
Quem é que nunca sonhou com all star cano longo, boniiiito... de preferência verde bandeira, porque era mais raro, mais vistoso... quem poderia imaginar a gama de cores entre berinjela e fúcsia dos dias de hoje?
Quem um dia acharia que flicts iria virar realidade??? Nunca vi tanta cor! Nas vitrines, nas ruas, nos all stars que hoje podemos comprar genérico, alternativo... quem poderia imaginar que teríamos um tênis feito de cânhamo???
Tem muito quarentão que já deve ter fumado o tênis de alguém e – ainda – no maior barato...

Enfim, este certificado de censura e eu somos do tempo que agasalho era japona.

O ÚLTIMO REPÓRTER ESSO





Final de 77, estávamos em sala de aula na Faculdade. Beth Carmona, nossa professora de rádio nos preparou para uma preciosidade e momento inesquecível: a audição do último Repórter Esso. As luzes do estúdio se apagaram, apenas a de serviço ficou acesa e todos ficamos atentos ao que viria.

Começou uma retrospectiva, entre chiados e sintonia mal-ajambrada, dos anos 40 até seu último dia, em dezembro de 1969.

Quando Eron Domingues entra na década de 60, cai em prantos em pleno ar. Ficamos mudos, comovidos. Ele chora e fala arrastado. Alguns segundos de silêncio, apenas chiados. Sua voz volta, mais grossa, controlada. Não durou muito. Ao noticiar o falecimento de Carmen Miranda a emoção toma conta de sua voz novamente e a leitura segue embargada.

A despedida de toda uma era foi feita aos soluços. A vinheta entra e na sequência a propaganda do próximo radiojornal: "O Globo No Arrrrrrr!". Fim de uma era, início de uma história.

Assim que souber como, posto o link de alguns trechos. Vale a pena compartilhar com todos os sensíveis interessados na história do Rádio e da TV esse momento único que ficou marcado para nós todos, alunos da FAAP no final de 1980.

Aguardem.