sábado, 29 de março de 2014

Perdigotos

Não se entrega a vida a nin-guém.

Se existe essa coisa de estágio de evolução, esta minha vida servirá muito bem à próxima Carmen. Muito bem mesmo.
Esta vida me deu todas as variações e intensidade de sentimentos. Fez dessa passagem o filme que será exibido no fim com uma riqueza de detalhes que a próxima eu, seja Eu quem for, não vai saber o que se passou e será muito e bem melhor, talvez feliz.

Fusca, minha memória vermelha e bege
Folga de direção, enchente e liberdade
Alves Guimarães, a consciência
João Moura: Rock escondido, trabalhos árduos
Dona Maria, silva pen, papelaria
Godofredo Furtado, burro e tarado.

O Calvário mais doce e feliz, o melhor
Eu amei quando não tinha nada.
Eu amei e tive tudo.
Entrega, bocas, mãos, peitos, coxas, corpos rígidos, novos, jovens.
Arfares e silêncios que jamais se revelarão.

Outro século

Amei muito meu menino, meu amigo, meu herói
Meu menino, meu exemplo, minha ternura, minha bravura
Meu querido, minha auto-estima, minha consciência, meu respeito, meu bem.
Meu incesto, meu amor  irmão,
A saudade infinda... quero lhe ver, tanto, tanto...
Ninguém, nunca, me fez assim, sentir assim, saber assim.
Meu amado, minha luz. Me ilumina, lembra de mim.
Vou lhe ver quando estiver chegando? Vou? Me espera na saída? Na entrada? Me pega na escola? Me ensina? Me leva...?
Meu amor, meu irmão, meu parceiro, meu menino, meu ôco, meu vazio, meu pedaço.
Tão cedo...  tão forte... tão sempre.

E de novo salta o coração em outros braços. Arrebatamento;
Forte, intenso, sexo farto. No escuro, segredo. Sexo sem nexo, nús sem estragos. Nús e os dados. Nús pela primeira vez. Peles e beijos e pernas e planos confusos, desencontrados. Adiados. Perdidos.
Meu melhor amor, o mais bem amado, cultuado, tatuagem apagada. Marcas para sempre.
O amor mais bem feito, o prazer mais bem dado. A troca que busquei em outros corpos e nunca mais encontrei. O desejo que ainda hoje habita meus sonhos e me faz abrir os olhos assustada

Os mambembes, os teatros, as canções e os violões. Os olhares desvendados, os segundos separados, eternos. Era ser um só. A troca que busquei em outros corpos e nunca mais...

Depois,

Amei muito e desamei.
Pensei que amava, era descuido
Não amei, mas gostei dos beijos,
Aventurei e quase santa viro a outra
Fui a outra. Quase inteira.

Este século

E quando meu coração estava desarmado, cor de rosa, limpo e puro, foi invadido. Tomaram posse: um mais um igual à um. Era um. Invasão bárbara.
Pensei que amaria para sempre. Não imaginava não saber. Não era amor.
Protegia, ensinava, me encantava, me entreguei.
Abri as portas e deixei entrar.
Conquistar. Laçada para dentro de um novo mundo que o tempo mostrou não ser admirável.
A recusa em prestar atenção aos sinais. Os sinais, meu irmão amado querido... era você tentando me alertar, meu amor? Você que tanto sabia de mim, de tudo, me lia como ninguém mais leu. Foram seus sopros que ignorei na nova jornada?

Nunca mais.

Arrumei a sala, as malas e me trago de volta pra mim.

Nunca antes.

Um mais um igual à um. Igual à ninguém.

Nunca mais.

Me roubaram a confiança, a inocência, a crença; levaram o rosa do meu coração.
Sem alegria, nunca mais.
Irreversível.

Nunca mais. E embora acredite piamente que todas as experiências acrescentam, decresci.
Tenho lutado muito; já tive pena, tive dó. De mim, inclusive.

Hoje não mais. Sou amadora. Sei amar. E bem. Gostoso. Meus amores passados e intensos me cutucam, surgem do  refrão de uma música, numa esquina, num livro encostado há anos com dedicatória. Meus sinais.

Nunca, nunca mais.



sábado, 22 de março de 2014

Meu Malvado Favorito.

Estoy enamorada...

Putin Continua bravim. Mas os meus dias....

É como namorado. Quando a vida lhe dá um tempo e você fica carente, não aparece um. Quando engata um relacionamento com aquele "mais ou menos" que vai lhe fazer companhia, todos os lindos aparecem dando mole pra você.

Já é o terceiro Job que recuso por ter me comprometido com outro trabalho. E não adianta que sou assim. Compromisso é compromisso. Ou faço direito e dou o melhor de mim - seja lá o cargo que estiver ocupando - ou não assumo. Uma vez assumido, é infinito enquanto dure.

Obrigada aos amigos, colegas e parceiros que me procuram para trabalhos tão interessantes e lindos. Não desistam. Um dia dará certo, havemos de conciliar.

Se vira nos 30, fia...

quinta-feira, 6 de março de 2014

Estamos Temporariamente Fora do Ar



Esperando o Putin ficar Bonzim para melhor serví-los. 




Voltamos já, já.