quinta-feira, 31 de maio de 2012

IBOPE - Flavio Ricco



Coluna do Flávio Ricco

Afinal, as pesquisas do Ibope valem ou não valem?


As emissoras de televisão, de uma forma geral, devem chegar a uma conclusão sobre os serviços do Ibope, se servem ou não servem, se prestam ou não prestam.
Porque se observa uma diferença de comportamento importante quanto aos resultados das pesquisas. Quando favoráveis, se promovem grandes festas, sempre acompanhadas de um festival de releases e súplicas aos jornalistas na divulgação dos seus feitos. Mas quando não, caem de pau em cima do instituto de pesquisa.
O que se exige é um mínimo de coerência. Vale ou não vale?
Guardadas as devidas proporções, isto também lembra um ex-treinador de futebol em atividade. Quando o time vence, sempre arruma um jeito de dizer que foi ele que ganhou, mas em caso de derrota, os jogadores é que perderam.
O que falta, por fim, é fazer uma pesquisa sobre a qualidade, não a quantidade, do que é colocado no ar. O bom e o ruim. Hoje, verifica-se, está cada vez mais forte a aposta no baixo nível.


Eu, Carmen, agradeço ao Flávio Ricco por essa nota. Não só concordo, como acho que não apenas as emissoras devem decidir se números valem ou não, os Departamentos Comerciais, as agências, as negociações... enfim, o "negócio" que virou a televisão tem que ser reinventado. Tudo virou negócio por conta de números do IBOPE conseguidos não interessa como. Qualidade, já! Qualidade e respeito. 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

HIPSTERS

Ars gratia artis, não é assim? Eu, particularmente, adorei Salvador Dali e a Dorothy. Detestei Frida Khalo Hipster. Absolutamente nada a ver. Por quê? (com acento e tudo). Pela própria contextualização do que é a obra e vida de Frida Kalo. Hipster com Frida Khalo? Tsc-tsc...pra quê? Enfim. Tudo pode em artland. Tudo é discutível e esse não é mais o segredo: mexer com conscientes e inconscientes coletivos ou individuais. A mania de "renomear coisas" para resgatá-las, transformá-las em chiques e trazê-las de volta à moda me remete ao Hipster. Aprendo sempre com um amigo fantástico, inteligentíssimo, culto, moderno que minha mediana intelectualidade teve a sorte de conquistar, Márcio Presgrave Souto. Ele mandou uma sobre modernidades no Facebook que é preciso ler. É muito bacana. Márcio é daquele tipo de pessoa que faz a diferença e escreve como poucos e raros. Daqueles que você pensa: "quantos erros semânticos, gramaticais e de acentuação ele já achou nesse texto e teve a gentileza de não se manifestar?". E é uma delícia quando se manifesta. Márcio é cirúrgico, preciso. Um deleite. Eis:

Acho engraçada, pra não dizer patética, essa mania que o povo de moda tem de dar novos nomes as coisas velhas na tentativa de transformar em novidade mais um revival tosco e descartável. Tamanco virou clog, mule; rímel virou máscara; macacão virou bodysuit; short virou hotpants; monocromático virou color block e minha paciência virou zero. Pior é que ainda tem gente que leva a sério  (Márcio Presgrave Souto, 13 de maio de 2012, FB)

Voltando ao Hipster:

O que é Hipster? O que inventa moda, os que "estão na frente". Hip em inglês quer dizer "moderno". Um movimento que tinha data para terminar: 2011, segundo críticos de arte e comportamento. Há discussões sobre isso de 3, 4 anos atrás. Acabou? 
Ta, uma pesquisa vai bem e economiza tempo. Vamos ao Wickpedia:

Hipster é um termo frequentemente usado para se referir à adolescentes e jovens adultos, geralmente pertencentes à um contexto social subcultural da classe média urbana. A cultura hipster faz parte da variedade de subculturas que coexiste com a cultura mainstream. A cultura hipster é marcada pela música independente, uma variada sensibilidade para a tendência "non-mainstream" (não-comum, não recorrente) e estilos de vida alternativos. Os interesses referentes à mídia por esse grupo incluem filmes independentes, revistas e websites notadamente relacionados à música alternativa.
A cultura hipster tem sido descrita como um "mutante caldeirão transatlântico de estilos, gostos e comportamentos". Christian Lorentzen, do New York Times, argumenta que "O hipsterismo fetichiza a autenticidade", elementos de "movimentos marginais da era beat pós-guerra (beat generation), o punk, o hippie e até o grunge", inspira-se em "depósitos culturais de cada toda densidade étnica" e "regurgita tudo com uma peculiar e intrínseca inautenticidade." Outros, como Arsel e Thompson, referem-se aos hipsters como o termo significante para uma mitologia cultural, a cristalização de um estereótipo massificado e mediado para entender, categorizar e "marketizar" o consumidor da cultura indie, mais que um grupo objetificado de pessoas.
Agora à uma resposta do yahoo que achei excelente. Davizinho - que obviamente não conheço - é autor da melhor resposta yahoo about hipster há 3 anos. Leiam (affe... como estragaram a Frida Khalo!)

Melhor resposta - Escolhida por votação

Os Hipsters são os “iniciadores de tendências”. Geralmente jovens, são pessoas “normais” (o que é normal? errrr), que fazem faculdade, trabalham, convivem tranquilamente com outras pessoas, mas que geralmente são da alta classe social. Ta, não sejamos míopes: é possível um Hipster que não tenha grana. Este geralmente compra suas roupas em brechos e precisa ter mais criatividade para combinações exóticas com o que tiver na mão, mas jamais bregas! Um Hipster não é brega e nem cafona, ele se veste bem, com roupas de boa qualidade, mas com uma combinação incomum, diferente e que não está na moda hoje, mas isso pode vir a ser moda futuramente (2 ou 3 anos mais tarde). São formadores de opinião, criadores de tendências para moda, música e para festas e baladas. São sempre os primeiros, tanto para iniciar algo quanto para descartar esta idéia assim que ela vira de fato modinha, ou seja, quando nós (pobres mortais) achamos que estamos abafando porque descobrimos que casaco de motoqueiro voltou à estar na moda e começamos a usar primeiro que todo mundo da faculdade (uhu!). Sim, estão sempre um passo à frente: fizeram isso com os bones Van Dutch, a volta do modelo anos 80 do Ray Ban (aquele que o Tom Cruise usou em Risky Business), o lenço keffieh e o chapéu estilo mafioso. O nome “hipster”, inclusive, vem de hip, que significa moderno, inusitado, inovador.

Para não restar nenhuma dúvida.



  Somos tão la memme chose que de vez em quando dá uma preguiça....

sábado, 26 de maio de 2012

ANOTAÇÕES DE COPPOLA

NÃO PRECISA SER ORIGINAL SEMPRE. SER IGUAL TAMBÉM É LEGAL
O Poderoso Chefão - The Godfather - O Padriño - Das Zusfkdjeinfen - Le Padrón - Dzis Krokete etc.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

EICTV - EXTRAMUROS - NO BRASIL E EU TÔ LÁ!


EICTV -  Historia

La Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños (EICTV), está considerada como una de las instituciones más importantes de su tipo en el mundo.

Fundada el 15 de diciembre de 1986 como filial de la Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano (FNCL), sus creadores -el escritor y periodista colombiano Gabriel García Márquez, el poeta y cineasta argentino Fernando Birri, y el realizador y teórico cubano Julio García Espinosa- buscaban la instauración de una Escuela de Tres Mundos para estudiantes de América Latina, África y Asia.

Gracias al apoyo entusiasta del gobierno cubano, la Escuela fue inaugurada sólo un año después, el 15 de diciembre de 1986. Su primer director fue Fernando Birri, prestigioso realizador argentino, precursor del movimiento del Nuevo Cine Latinoamericano. 
Concebida como una escuela de formación artística, la EICTV puso en práctica una filosofía particular: la de enseñar no a través de maestros profesionales, sino de cineastas activos, capaces de transmitir conocimientos avalados por la práctica, la experiencia en carne viva, una constante actualización. 
Actualmente dirige la Escuela la egresada dominicana Tanya Valette.
Desde entonces, miles de profesionales y estudiantes provenientes de más de 50 países han convertido la Escuela en un espacio para la diversidad cultural, de alcance multinacional, mejor descrito como Escuela de Todos los Mundos.

Agora com o projeto EXTRAMUROS, os professores e profissionais rompem fronteiras e partilham conhecimento em outros países. Viva a cultura. 
Obrigada pela oportunidade.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

BOAS NOTÍCIAS?


Sem boas notícias. Insisto em lê-las, procurá-las nos jornais. Pequenas, sem importância, estão lá, para quem - como eu - insiste em procurar. Acabou a filosofia de boteco. Acabou o congraçamento etílico. Todos com problemas particulares procurando aconchego. Triste. Chego a pensar que quem se considera feliz abriu mão do mundo e criou o seu próprio. Não é de todo um erro. DR com filha adolescente é triste. O que fazer pra ajudar? Lançar mão das ferramentas modernas: terapia, paciência, subserviência e muito, muito ouvido.
Pelo menos o dia das mães foi genial. Um caldeirão cultural dançando "Você não Gosta de Mim, mas sua filha Gosta" dos tempos da ditadura com familiares morando no CRUSP e outra parte, de Cerqueira César, firme do Kuduro, morrendo de rir. Congratulamos. Vivemos um dia bonito. Amigas sem mães, mas que são mães foram convidadas e vieram com suas filhas e filhos. A casa lotou. Almoçamos, filosofamos, fofocamos, dançamos, fomos. Essas são as boas notícias desses tempos. Ninguém parece mais querer mudar o mundo, e sim tornar o seu agradável. Está cada vez mais difícil unir os mundos. Pelo menos os similares. Haja amor.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pessoal,
Alguns vídeos, não sei porque, estão dando mensagem que não estão disponíveis. Estão, sim. Demoram pra carregar, mas carregam. Fiz o teste. Se a curiosidade for muita, tem que esperar....
Bacci per tutti.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

TEMPO: PRECISAMOS DE IRMÃOS

O tempo fica parado, é nóis que avua nele. É como a cachoeira:
 a pedra fica, a água vai
(fragmento de uma canção de André Abujamra)

Ele é o Senhor, sim, Senhor. Da razão, da cura, da calma, do que fomos, do que pretendíamos ser, do que pensamos ser, de como gostaríamos que pensássemos que somos. Mesmo parado, ele muda as coisas. O que antes era prioridade, passa a ser estatística. O que antes era humano, passa a ser matemático. São departamentos, sinais? Dos tempos, claro. Quando vêm mais de um, juntos avuamos mais depressa. Não foi a humanidade que se perdeu, o humanitário é quem agoniza porque passamos por um tempo onde há a  possibilidade de criarmos novas realidades, exposições e socializar fantasias. Frases que nos lembram sobre o que é ser humano com outro humanos são replicadas aos montes em sites de relacionamentos. A carência está enorme, na mesma proporção da distância entre uns e outros. 
A desistência do ser humano é geral.
Nunca vi tantas campanhas em prol dos animais, todos eles e principalmente os de quê? Estimação. ESTIMA. ESTIMAÇÃO. Onde está a estima nesse tempo? O respeito? Nos olhos daqueles que nos olham sem entender o que somos e nos amam mesmo assim. Pensamos que amam. Demonstram que amam. Acreditamos.
Os que se recusam a se enganar, são amargos. Os descrentes, pessimistas. Os desesperados, convertidos. Continuamos a ser rotulados enquanto passamos pelo tempo, só não nos aproximamos. Só não nos ouvimos. Não nos damos uma chance.
Ah... quanta vontade de que alguém ou alguma coisa caia do céu, de um prédio, da sacada e resolva os problemas desses tempos! Dinheiro, um príncipe, uma toalha bordada à mão, um bilhete premiado.
Caetano perguntou, ainda sobre o tempo, lá nos anos 80:

Será que será que será que será, será que esta minha estúpida retórica terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos?

Não sei mensurar "zil", mas algo me leva à crer que é bastante tempo. Creio que sim, Mano Caetano. Mano? Até Caetano já senti mais meu irmão. Como diz a canção dos Mutantes: "Precisamos de Irmãos". Precisamos de irmãos porque passamos pelo tempo enquanto os homens exercem seus podres poderes. E quando um em um milhão vence honestamente, nos parece possível que aconteça mais vezes.

Tanta gente boa avuou no tempo rápido demais... Temos todo o tempo do mundo? Temos nosso próprio tempo? 
Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas. Ou um E.T. pra phone home; pra vir pra mim. 
E que vá comigo em si. E me leve pelo tempo, leve, leve, leve....