segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Meu Conceito de Religião e 2015

Creio. Mas não sei os nomes nem os caminhos por onde anda a minha fé. Sei dos mistérios, vivi alguns, e não consigo escolher qual a forma de exercer e oferecer a fé. Criada católica, a cruz me emociona, procissões me lembram  a fé dos simples, massas doadoras. E os anjos e mensageiros de outras linhas me chamam, avisam que se precisar, estão por perto. A filosofia oriental que me lembra ser obrigação a felicidade ainda nesta vida. A mão do homem e sua necessidade de definir escrituras, escritos, contos, histórias, caem na poeira do chão onde pisou Ghandi.  Não aceito ser tão frágil, ser pega despercebida numa curva ou encruzilhada. Deus, seja ele quem e o que  for, existe. Teria outro nome? Divindade... É preciso que seja divino por concepção humana. Está ao lado. Está comigo.
Definir é limitar, e como limitar mistérios indizíveis, maravilhosos, maiores do que qualquer pretensão? Creio, tenho fé. Sou filha de uma mulher de fé que me protege com seus pai-nossos e aves-maria. Todo o dia. Eu sei, eu creio. Eu não ando só.

Meus amigos... .
2014 já era, né? Não me deixa saudades, porém foi um dos melhores, marcantes. Aprendi em torno de 300 e tantos dias muito, mas muito mesmo. A duras penas, dor física, constatações catatônicas, chocantes até pra mim, que não tenho o hábito de guardar mágoas. Superei o que achei não conseguiria. Caí e levantei várias vezes. Fiz novos amigos tão queridos que nem pensava encontrar mais. Revi meus eternos da adolescência, meus Mestres, minha história. Rezo, peço permissão para que em 2015 eu possa partilhar o que aprendi, dividir o que vivi, mostrar que de fato a vida sempre foi muito generosa comigo, e quero agradecer a tanta gente! Embora muito desse processo regenerativo dependa também da benevolência dos que têm o poder de devolver honra e respeito através de um ato simples para si e definitivo para o outro, termino o ano feliz. Estou saindo de 2014 melhor do que entrei. E inicio 2015 virando a página, num "to be continued" cheia de esperança e gratidão. Feliz ano novo, com o amor do meu coração. No lugar das fotos, vão alguns nomes. Os que conheci, os que quero conhecer mais de perto. E aos de sempre... ah... se vocês soubessem não reclamariam que esqueci seus nomes! TENHO FÉ! Eu não ando só.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sonho de Uma Tarde de Verão

Chove na zona oeste de São Paulo. A Cantareira é na zona Norte, Pedrão!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A Epopéia do Confuso e a "tornação" da mentira verossímel em História Absoluta

foto:divulgação

Na Grécia antiga, sob o signo ariano, sussuassunavam boatos sobre o marcado cabra macho por demais covarde temente ao passado, presente e futuro. Mesmo sem saber, e assim sendo, de olhos bem abertos, nasceram os trigêmeos  na ilha de Cóxis: Mesóclise, Próclise e Êncrase. Na época, o Imperador  Pretéribus, o tal cabra macho de roer a fronha, receava que os recém-nascidos ao crescer subtraíssem-no o trono. Decretou, pois, a morte de todos os bebês nascidos em Pompéia a partir dos primeiros raios do despertar da manhã sanguinária. Como última esperança para salvar seus amados trigêmeos, Plêiade, a grande mãe, logo após o parto,  amarrou seus umbigos e os depositou no rio Ganges sobre uma sacolinha biodegradável em marca aparente.

Quis a sorte que o acúmulo de corpos e dejetos do Ganges não permitisse  um movimento d'água e que o rio corresse seu curso. Preocupada, Plêiade começou a assoprar violenta e insistentemente a sacolinha para que se distanciasse dali antes que os algozes de Pretéribus os alcançassem. A grande mãe sofria de asma crônica desde pequenininha e, faltando-lhe ar nos pulmões, caiu dura, com a boca ainda em bico, à beira do rio putrefato. Roxa como a barra de sua saia.

Como se não bastasse o prenúncio da tragédia, a sacolinha biodegradável começava a se desfazer sobre o líquido que permanecia na superfície. Amarrados pelo cordão umbilical, o destino tríade estava traçado: um por todos, todos por um. Próclise foi o primeiro a ter a sacolinha desfeita sob o seu corpinho indefeso, porém não afundou. O deus dos meninos trigêmeos do olimpo havia providenciado um volume denso,  enrolado num tipo de tecido que lhe serviu de embarcação, e assim, Próclise acabou por guiar os irmãos Mesóclise e Êncrase para a beira do rio, não muito distante dali, onde uma foca e um pinguim ensaiavam a criação de uma nova espécie. Ao perceber a presença dos menores, interromperam o ato e prontamente acolheram as crianças, levando-as para as cavernas geladas e seguras daquele pólo que se diz o sul.

(to be continuous,..)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Mal-amados(as)


Me veio a cabeça. Como? Isso eu não sei, só sei que foi assim. 

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
(...)
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

sábado, 8 de novembro de 2014

Assim Caminha a Humanidade

falta um

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eyes Wide OPEN


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CASCATA!

Fim das dúvidas. Ficam as dívidas.  El Justicero jamás será vencido!

Mutantes - Jardim Elétrico - 1971

Once upon a time when the hot sun faded behind the mountains
The shadow of a strong man. With a gun in his hand,
Raised protect the  poorpeople of the haciendas,
They called him: "El Justiciero"
He, El Justiciero buenos dias
Que tienes a decir
El Justiciero yo soy pobre
¿Que tienes a me dar?
"Tiengo chocolate quiente
Tequilla, paga lo que deves"
El Justiciero cha, cha, cha
Que otra cosa puedo dar
El Justiciero cha, cha, cha
Que otra cosa puedo dar?
El Justiciero yo tengo 30 hijos com hambre
La guerra, la guerra me ay strupatto tanto bena,
Socuerro, El Justiciero
¡Ajuda-me por favor!
He, El Justiciero buenos dias
Que tienes a decir
El Justiciero yo soy pobre
¿Que tienes a me dar?
"Besa me mucho Juanita Banana
Cuando calienta el sol"
(x5)
El Justiciero cha, cha, cha
Que otra cosa puedo dar
El Justiciero cha, cha, cha
Que otra cosa puedo dar?!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Léxico

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Pé Quente, Cabeça Fria

Abre as asas sobre nós! 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Oh, hipocampo - o confessionário do cérebro!

Uma pataca pelos seus pensamentos!

Descobri que sofro de HIPOCAMDRIA. Respeito minhas memórias, sinto falta de algumas coisas do passado, às vezes cética, outras eclética. Às vezes patética. Oh, Hipocampo, companheiro das Nereidas argonáuticas desse século! Amigão forte, motor e caminho de Poseidon, levando Nereu para passear em mares calmos e céus azuis e pacíficos. Queria vê-lo.

Eu sempre soube que saudade não é ruim. Lembrar do que fez bem continua fazendo o bem, como um processo símio-terápico, dose por dose, anos a fio, injetando amor, conforto e aquele sentimento gostoso vivido de novo. Eu sempre soube. Que venha a ciência e a mitologia explicar que lembrar é bom. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

GIVE PIZZA A CHANCE!


CALABREZZA
MUZZARELA
QUATRO QUEIJOS
NAPOLITANA
PORTUGUESA
BAHIANA
MARQUERITA
CALIFORNIA
RÚCULA
TOMATE SECO
ABOBRINHA
VEGETARIANA
INSTANTÂNEA!!


Yes, I do!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Agora com Comentators!

Queridos,
Acho que agora resolvi a questão dos comentários aqui no blog. Acho. Só saberei se os insistentes não tiverem desistido de postar e fizermos um teste. Ôla, que tal?

Aceito.

Em tempo: sem medo do ridículo é o próximo devolutivo estomacal neste humilde, mas sincero espaço público.
Guarde e aguarde.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Cada Um Sabe a Dor e a Delícia de Ser o Que É

Pois.
Fatum est. Outra frase circula pelas redes sociais:

Cada pessoa que você encontra, está lutando uma batalha que você não sabe nada sobre. Seja gentil, sempre.

Olha a reponsa... E que responsa.

Leve isso a sério. Essa coisa de viver o momento porque tudo pode estar por um segundo é legal quando seus atos não atingem o outro. Uma coisa que não lhe custa nada pode salvar, literalmente, uma vida. Uma irritação, um momento explosivo, pode causar um tsunami numa família inteira.

Não, como sempre digo, não menosprezem minha inteligência, não menosprezo inteligência de ninguém. Não somos monges, mártires, filantropos. Não vamos dar a mão para quem só chora e lamenta a vida. Já tem gente no governo fazendo isso. Não é esse o assunto. Não serve, bye. Não tem jeito, bye. Mas, espera um pouco... se há uma trajetória vitoriosa atrás ou seguindo ao lado de alguém, alguma coisa deve estar acontecendo, Por isso, seja gentil com essa pessoa. Leve a sério, sim. Podemos ser o responsável sem querer pela cura ou pela sublimação de um nicho inteiro sofrendo ou vivendo por conta de alguma coisa que não sabemos o que é.

E, fala sério. Ninguém é Ghandi ou Oh! Calcultá. Ninguém é líder mundial. Mas, cara... pode fazer talvez a mesma diferença. É um vício esse o de descarte. Descartar histórias, pessoas ou fatos.
Seja gentil, sempre.
Procure ser.
Alguém deverá procurar ser com você também.



Fica bonito em inglês, como tem sido postado




sexta-feira, 30 de maio de 2014

Eram os deuses Astronautas?

segunda-feira, 19 de maio de 2014

MEU MACACO FAVORITO

Êita, nóis! Etanol! Whyski, here we go, a go-go!

Assim, por etapas, a admiração miou, a confiança foi pro brejo, o amor morreu. Foi uma morte lenta, dolorida, mas, foi, graças à Deus! Voltei a me sentir liberta, senhora. Responsável unicamente por meus atos e não por nuances compulsivas de culpas e deméritos, inconsistentes cujo sentimento que me tirava o ar, alimentava a desordem pretérita do outro como um daqueles bichos de rio tropical, que grudam na gente e sugam, sugam, sugam até você arrancá-los do corpo. Ficam as marcas durante um tempo, cicatrizes, não.

Má, ôi! Bem melhor agora!

Charlton Heston, macho forte, protetor, sobrevivente, carinhoso. Quem nunca?


Deixa avisar, mas esse monte de qualidade não existe, ta? 

Pelo menos não numa pessoa só.
Aceite. Quáááááá!





segunda-feira, 5 de maio de 2014

Boa semana boa

Vamos abrir os olhos, enlarguecer 

Boa cidade, bons mal-entendidos, bons trânsitos, boas novas, bons desafios, boas metades, bom menos "desconfio" Tudo sendo bom, ruim fica melhor .
Já testei faz tempo. O único preço por enquanto é parecer idiota às vezes. Mas tem aquele lance de o povo te achar idiota com você sabendo tudo. Maquiavel já ensaiava Sun Tsu na arte de  todo o dia. Tarzã, não.  O lance é matar um monstro do lago Ness ao romper de cada aurora. 
Boa semana boa, John Boy.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Migalhinhas

À noite vem tudo. Pensamentos, idéias, um roteiro inteiro. Porém, enquanto a mente trabalha, o corpo sente o peso do dia e se recusa a acompanhar o chefe. É a força proletária pondo banca no patrão. Mesmo isso, só de noitinha.

Pois.

Instalei o app do blogger. Facíllicícimo e rápido. 

Assim, espalhando migalhinhas do/no pensamento, talvez não perca tanta coisa boa

domingo, 27 de abril de 2014

Destroços

CENA 01. - EXT-HIGWAY- 

FUMAÇA SAINDO DOS CARROS ENVOLVIDOS EM UM GRAVE ACIDENTE. CÂMERA SAI DO CÉU AZUL TURQUESA E CORRIGE PARA DENTRO DE UM CHEVROLET BRANCO. ENTRA DENTRO DO CARRO. OUVE-SE GRITOS E RUÍDOS. O ACIDENTE ACABARA DE ACONTECER. ELA ESTÁ COM A CABEÇA SANGRANDO E PARTE DA DIREÇÃO AMASSA SEU ROSTO. CÂMERA CORRIGE PARA SUA MÃO. UM PAPEL RESPINGADO DE SANGUE ESTÁ ENTRE SUA MÃO ABERTA E O BANCO DO PASSAGEIRO. CÂMERA APROXIMA E COMEÇA A "LER AS PALAVRAS". EFEITO. PALAVRAS NA TELA. TRANSFORMAM-SE EM VOZ E EM CENAS NARRADAS. AMBIENTE LISÉRGICO, UMA VIAGEM MENTAL.


Se havia uma coisa que eu fazia questão de ser quando crescesse era ter um bom caráter, ser do bem e com isso fazer a diferença no meu e no sopro dos outros.

Durante um tempo até consegui. Quase tive um milhão de amigos apenas sendo o que era. Com bons-humores, mal-amados, bem-quereres, muita música, cinema e filosofia entre um  novo destilado e outro, uma nova experiência, sóis. luas e avenidas. Largos da Pólvora e Vilas Gomes me traziam e deixavam nos lugares que queria estar. Assim como meus pés que de tão andantes são fortes e duros nessas novas caminhadas que a vida me impôs quando era o momento de me recostar no peito e suspirar.

Se havia alguém que eu acreditasse que teria um futuro brilhante, era eu.

Até que...

Tenho mais vitórias, sempre tive. Venci muitas guerras, a última ainda enfrento raspando o tacho do que ainda pode haver de perdão e compreensão no peito e na mente. Raspando bem o tacho, porque está muito difícil. É quando vejo que é preciso mais religiosidade e filosofia em minha vida para conseguir perdoar. É preciso perdoar. Não sem antes publicar, como uma confissão às avessas, a Odisséia da que foi sem nunca ter sido.

Vivi experiências maravilhosas, a maior de todas, a maternidade. Isso foi meu. Não dava para tirar. Ainda que tentasse, não podia amamentar. Ainda que quisesse, não conseguia sentir os movimentos dentro do meu corpo, e meu corpo dando formas a outro ser. Não acredito que se conforme de não poder gerar. Gerar uma vida a partir da minha vida, dos meus batimentos cardíacos, dos meus sonhos, do meu sangue que bombava mágicas para aquele coraçãozinho em formação.

Guardados os tempos que vivemos, fui uma daquelas Helenas que despem-se pros seus maridos, poder e força de Atenas sem saber que  era eu mesma o orgulho e a raça, apenas.

Então...

É incomensurável o estrago do Um sobre o Outro. O estratégico e meticuloso plano independente de vida.
E foi assim, como o silêncio após o Tsunami. Alguns gemidos de dor ouvidos perto, longe, tantos que não é possível reconhecer a própria tragédia. Aqueles minutos em que a consciência parece se ajeitar como um peão de corda parando de girar até cair para o lado. Morto.

Assim, meticulosamente, minou o terreno em volta para que a fuga fosse difícil, para que no trajeto da ida fosse pisar no escuro, correndo o risco de uma explosão, deixando um pedaço naquelas terras tão valiosas. Uma fuga lenta, desordenada, cercada de perigos.

Que fosse, mas que se aleije. Capenga, vai! Vai pra ver como é a vida sem as muralhas de cimento, vai! Mas que  deixe pedaços, que não saia inteira já que perder nunca foi uma opção.

Pisei em minas, sim. Ficaram partes que sozinhas são absolutamente dispensáveis. E podem ser substituídas.

Assim meus pedaços estão desviando de minas, armadilhas e mensagens subliminares e sinais enganosos como que num deserto, tivesse que vencer as tentações. A sede, a fome.

Guardadas as fábulas fabulosas, sobrevivo a  pragas do Egito, depois de ser entregue como alimento para insetos que primeiro roeram os sapatos, depois as carnes, entraram pelo sangue enfraquecendo os órgãos, tirando o fôlego e força física.

Guardados os tempos e o grau de crueldade, fui uma Rebeca. Esquecível. Atormentada psicologicamente por outra mente, apagando sonhos, desejos e palpitações que fazem a vida ser a vida que nos emociona.

Depois de lhe enfraquecer o físico, enlouquecer a razão, que vá! Atordoadamente hipo-estimada, desvalorada, desvalida. Que vá de volta ao zero de onde  acredita ter encontrado o corpo, numa quebrada qualquer da vida.

Que volte para a esquina, engano seu, com menos do que veio porque não há papéis que neste mundo sejam menores que palavras e o caráter que eu consegui ter quando cresci. E que me trouxe aqui. Diante de mim mesma, reconhecendo enganos e desejos que deixei, porque sonhei.

E sonhei, sonhei, sonhei. Até ficar com dó de mim. E depois me cansei, cansei, cansei de colocar a culpa em mim.

Ninguém em sã consciência procura a infelicidade e cria doenças.
Minha consciência é sã. Como meu corpo é saudável, quente. que como a minha mente e sonhos, foi mal explorado e dá sinais que pode dar muito, muito mais a cada descortinamento. Está pronto para o novo.

Se havia algo que eu queria, havia. Tudo o que eu podia ser e não fui.

É muito difícil definir o estrago feito. Medir a circunferência da cratera. Tudo isso desfez de mim o que era.
Impossibilitou-me de ser.

Que o meu bem volte, que eu consiga reconstruir esse país destroçado pela guerra. Que eu me reerga em tempo de ainda voltar a sentir o que meu coração não diz. Há outro coração a espera, eu sei. Não há o que perdoar a quem não pede perdão, sequer reconhece o mal e a força propulsora em sua direção

Efêmero, mirim.
Que seja feliz, sim. Sim!

Longe de mim.

Ao meu filho: estou feliz. Pela primeira vez decidida a tentar ser feliz. Me desculpe sair da maneira que saí, tinha medo de desistir. Eu voltarei, tenha certeza. Sei que estará bem e confortável. Mas é muito importante que saiba que qu2mmmmmmmmmkl

CORTE DE CENA BRUSCA. FREADA. ACIDENTE. VÁRIOS SONS DE CARROS BATENDO UM ATRÁS DO OUTRO. COMEÇAM GRITOS. BUZINAS. FUMAÇA.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Se lhe Parece

Muitas vezes já me desencontrei dos habitantes desse mundo. Achei que não fazia parte dele. Antes mesmo de entender regras sociais, já desconfiava dos nãos e proibidos ensinados por uma mãe machista, dona de casa e extremamente adorável. Daquelas que sujava o avental de ovo, que deixava um bolo sempre quentinho e cozinhava de saia xadrez e saltinho scarpin quando éramos crianças. Fazia tudo pelos filhos e marido, uma mulher e esposa exemplar. Amor nunca me faltou. Cuidado, carinho e brincadeiras também não. Ela era toda filhos. Toda família.

Mas não parecia ser da minha espécie. Eu sabia que diante de tal situação a resposta deveria ser "não", apesar de não sentir assim. E percebia que muitos "nãos" tinham tudo a ver com o mundo que ela pertencia e que deveriam ser mais, deveriam ser NUNCA. Graças, seus "nãos" me salvaram de muitos apuros, causas que poderiam ser perdidas. Ela me ensinou a viver neste mundo muito bem.

O problema era conhecer este mundo e conflitar com quase tudo. Em plena guerra fria, dentro e fora de casa, tudo era meio de viés. As poesias, os jornais, as conversas, o pode e não pode. Tinha primeiro de abril que éramos obrigados a cantar o hino nacional da escola. Tinha primeiro de abril que não se podia sequer comentar o assunto. Proibido.

Na verdade, minha relutância com os nãos vinham da falta do "sim". Tinha pouco sim na minha infância, pouco sim na adolescência. Em contrapartida, nessa época, transgredir era uma delícia.

Fazer escondido o proibido que hoje é vendido em loja de conveniência, era muito, mas muito mais definitivo. Era a nossa tatuagem. Ficava tatuado, marcado para sempre dentro do corpo. E nos identificávamos, os zuretas.

Graças à Deus, conforme o tempo foi passando, descobri que há muitos, muitos diferentes iguais. Meu primeiro grande amor, meu namoradinho, me respondeu:"eu também sou diferente, não penso como eles querem que eu pense". Amor. Tenho vontade de falar com ele até hoje, saber como está, se sucumbiu ao sistema...

Meu segundo grande amor sucumbiu ao sistema que eu sei. Mas antes disso foi um espetáculo, fizemos história um na vida do outro.

Meu terceiro grande amor também era um transgressor e continua a ser. Sensibilíssimo, de sentimento e mãos delicadas, um gênio. Continua sendo um grande homem delicado, genial, fiel às suas loucuras internais, maiores que as minhas. Admirável.

Meus amigos nunca foram desse planeta. graças!
Com todos eu podia conversar sobre qualquer coisa.

Era a época. Época fértil e boa, boa fornada de pessoas. Onde tudo era melhor definido. O bem era o bem e o mal era o mal e ambos convivendo dentro de nós, cabendo a nós controlar os ânimos e escolher qual o lado era nosso de fato.,

Tantos filmes e frutos naquela época que não consigo, confesso, deixar de pensar nas mudanças.

Homem usar brinco era um escândalo. Quando vejo alargadores tamanho 15, 20 e corpos lindos tatuados, me encontro lá nos anos 70, onde provavelmente teria me perdido no Marrocos, Índia ou Barcelona, trabalharia em Londres e filosofaria em Paris voltando ao Brasil com marcas pelo corpo, alma e mente.

Não me vanglorio do que digo, não acho que seja vantagem. Mas quero ainda fazer parte do paraíso onde vivem as pessoas que admiro. Quero fazer parte dele, quero chegar e procurar o meu lugar.

O problema é que meus heróis estão indo pra festa no céu. Chego até a pensar, pelo rumo que minha vida tomou, que minha felicidade esteja lá, no céu.

Quando o dia chegar... ah... quando chegar!


sábado, 29 de março de 2014

Perdigotos

Não se entrega a vida a nin-guém.

Se existe essa coisa de estágio de evolução, esta minha vida servirá muito bem à próxima Carmen. Muito bem mesmo.
Esta vida me deu todas as variações e intensidade de sentimentos. Fez dessa passagem o filme que será exibido no fim com uma riqueza de detalhes que a próxima eu, seja Eu quem for, não vai saber o que se passou e será muito e bem melhor, talvez feliz.

Fusca, minha memória vermelha e bege
Folga de direção, enchente e liberdade
Alves Guimarães, a consciência
João Moura: Rock escondido, trabalhos árduos
Dona Maria, silva pen, papelaria
Godofredo Furtado, burro e tarado.

O Calvário mais doce e feliz, o melhor
Eu amei quando não tinha nada.
Eu amei e tive tudo.
Entrega, bocas, mãos, peitos, coxas, corpos rígidos, novos, jovens.
Arfares e silêncios que jamais se revelarão.

Outro século

Amei muito meu menino, meu amigo, meu herói
Meu menino, meu exemplo, minha ternura, minha bravura
Meu querido, minha auto-estima, minha consciência, meu respeito, meu bem.
Meu incesto, meu amor  irmão,
A saudade infinda... quero lhe ver, tanto, tanto...
Ninguém, nunca, me fez assim, sentir assim, saber assim.
Meu amado, minha luz. Me ilumina, lembra de mim.
Vou lhe ver quando estiver chegando? Vou? Me espera na saída? Na entrada? Me pega na escola? Me ensina? Me leva...?
Meu amor, meu irmão, meu parceiro, meu menino, meu ôco, meu vazio, meu pedaço.
Tão cedo...  tão forte... tão sempre.

E de novo salta o coração em outros braços. Arrebatamento;
Forte, intenso, sexo farto. No escuro, segredo. Sexo sem nexo, nús sem estragos. Nús e os dados. Nús pela primeira vez. Peles e beijos e pernas e planos confusos, desencontrados. Adiados. Perdidos.
Meu melhor amor, o mais bem amado, cultuado, tatuagem apagada. Marcas para sempre.
O amor mais bem feito, o prazer mais bem dado. A troca que busquei em outros corpos e nunca mais encontrei. O desejo que ainda hoje habita meus sonhos e me faz abrir os olhos assustada

Os mambembes, os teatros, as canções e os violões. Os olhares desvendados, os segundos separados, eternos. Era ser um só. A troca que busquei em outros corpos e nunca mais...

Depois,

Amei muito e desamei.
Pensei que amava, era descuido
Não amei, mas gostei dos beijos,
Aventurei e quase santa viro a outra
Fui a outra. Quase inteira.

Este século

E quando meu coração estava desarmado, cor de rosa, limpo e puro, foi invadido. Tomaram posse: um mais um igual à um. Era um. Invasão bárbara.
Pensei que amaria para sempre. Não imaginava não saber. Não era amor.
Protegia, ensinava, me encantava, me entreguei.
Abri as portas e deixei entrar.
Conquistar. Laçada para dentro de um novo mundo que o tempo mostrou não ser admirável.
A recusa em prestar atenção aos sinais. Os sinais, meu irmão amado querido... era você tentando me alertar, meu amor? Você que tanto sabia de mim, de tudo, me lia como ninguém mais leu. Foram seus sopros que ignorei na nova jornada?

Nunca mais.

Arrumei a sala, as malas e me trago de volta pra mim.

Nunca antes.

Um mais um igual à um. Igual à ninguém.

Nunca mais.

Me roubaram a confiança, a inocência, a crença; levaram o rosa do meu coração.
Sem alegria, nunca mais.
Irreversível.

Nunca mais. E embora acredite piamente que todas as experiências acrescentam, decresci.
Tenho lutado muito; já tive pena, tive dó. De mim, inclusive.

Hoje não mais. Sou amadora. Sei amar. E bem. Gostoso. Meus amores passados e intensos me cutucam, surgem do  refrão de uma música, numa esquina, num livro encostado há anos com dedicatória. Meus sinais.

Nunca, nunca mais.



sábado, 22 de março de 2014

Meu Malvado Favorito.

Estoy enamorada...

Putin Continua bravim. Mas os meus dias....

É como namorado. Quando a vida lhe dá um tempo e você fica carente, não aparece um. Quando engata um relacionamento com aquele "mais ou menos" que vai lhe fazer companhia, todos os lindos aparecem dando mole pra você.

Já é o terceiro Job que recuso por ter me comprometido com outro trabalho. E não adianta que sou assim. Compromisso é compromisso. Ou faço direito e dou o melhor de mim - seja lá o cargo que estiver ocupando - ou não assumo. Uma vez assumido, é infinito enquanto dure.

Obrigada aos amigos, colegas e parceiros que me procuram para trabalhos tão interessantes e lindos. Não desistam. Um dia dará certo, havemos de conciliar.

Se vira nos 30, fia...

quinta-feira, 6 de março de 2014

Estamos Temporariamente Fora do Ar



Esperando o Putin ficar Bonzim para melhor serví-los. 




Voltamos já, já. 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cienscioterapia e os Fenômenos Inexplicáveis

O que é Consciêncioerapia?

Em uma das minhas voltas ao mundo virtuais, dei de cara com a Consciêncioterapia e achei interessante, como desconfiada de técnicas milagrosas e explicações fáceis que sou.
A Consciêncioterapiaé é um grupo, um novo núcleo da Psicologia e Saúde que reúne médicos e psicólogos na tentativa de explicar cientificamente as sensações estranhas ou agradáveis que sentimos em determinados ambientes. Procura trazer à luz da razão e estatística a sensação ruim que estar ao lado de uma pessoa causa, o peso ao sair de um ambiente e o contrário também: as alegrias e confortos inexplicáveis causadas por pessoas, situações ou casos. O que normalmente chamamos de "olho gordo", "inveja", "pessoa carregada", ou "energia boa" e outros nomes com ou sem sobrenomes, órfãos teológicos ou não.

Achei interessante e por bem dividir com todos, porque o que a Consciêncioterapia explica, além de outras  me manteve tempo longe deste espaço pelo qual nutro muito carinho e respeito para quem o lê. Acordar todo o dia de manhã e sair para luta à quarenta graus à sombra realmente abate qualquer um. Imagina consciencienciologicamente...

Por hora, uma pequena explicação fruto de pesquisa internáutica. Cobaia de mim, vou experimentar e volto para contar os resultados. É interessante.

RÁDIO CBN - Programa Caminhos Alternativos
Este é o caminho da consciencioterapia, que mostra que as pessoas podem se entender mais a partir delas mesmas. E ainda: a permacultura como uma forma de mudar o estilo de vida nas grandes cidades
Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/programas/caminhos-alternativos/CAMINHOS-ALTERNATIVOS.htm#ixzz2u3VS6t7E


UOL
http://portalcienciaevida.uol.com.br/ESPS/edicoes/0/Artigo164079-1.asp

Site Oficial
http://www.oic.org.br/consciencioterapia.php

Que o AC-DC esteja conosco e para nosco