
Sim, nós erramos. Todos erram. Uns feio, outros nem tanto. Alguns muito, muito feio.
O problema não é o erro em sí, mas carregar a responsabilidade, a culpa (definitivamente, não gosto dessa palavra) pelo engano. Mas, espera aí... "erro" ou "engano"? Qual a diferença entre os dois? Após googar os termos, surgiram tantas definições para esta ação humana que compará-las ficou bastante divertido. Segundo o oficialíssimo Michaelis:
Erro: 1. Ato de errar. 2. Equívoco. 3. Engano. 4. Inexatidão. 5. Uso impróprio e indevido.
Engano: 1. Ação ou efeito de enganar ou enganar-se. 2. Insídia. 3. Falácia, logro. 4. Falta de realidade no que se supõe certo.
Equívoco: 1. Que dá lugar a várias interpretações. 2. Duvidoso. 3. Que é objeto de suspeita, ambíguo. 4. Engano, erro ou lapso.
Parei a pesquisa por aí. Já estamos bem de definições. Eu, particularmente, prefiro "equívoco": mais chic, polida, importante, menos usada e com exemplos interessantes, inclusive com os outros termos embutidos.
Lendo, o ato nem parece desagradável. Já dizia um pensador inglês (ou não): "Definir é limitar". Nossos "erros" estão assim, definidos e limitados nos seus devidos lugares e alí deverão permanecer para que possamos nos recuperar de um ato involuntário, doravante denominado Sir "equívoco".
Se é involuntário, obviamente não é proposital. Se não é proposital, não houve intenção. Se não houve intenção... uátáfâck!! Por que a culpa?!
- (...)
- (...)
Quanta marola... As consequências são tantas que o motivo da culpa (já disse que não suporto essa palavra?) nem tem importância. O que ferve é o resto em volta. Res-to. E aí criamos monstros que nos assombram transformando o nada em alguma coisa.
Erramos, nos enganamos, nos equivocamos...
Um erro, pronto! Dois erros? Mais?! E o que é que tem? Se não forem na mesma editoria nem recorrentes, sinal que estamos aprendendo e sem medo de buscar, procurar, expor, pedir, doar, mostrar.
O importante é o reconhecimento. O (re)conhecimento se transforma em combustível para essa máquina cheia de botões, correias, roldanas e molas que é a nossa cachola.
Sim, eu sentaria com você num bar da Avenida Paulista para tomar uma coca-cola e ouvir sobre meus erros, aprender com os seus, (re)conhecer e melhorar como pessoa.
A mágoa não é um sentimento bom de se cultivar. Aprender não é assim fácil como uma cantiga...
Eu te ensino a fazer renda, tu me ensina a não errar.
Não vivemos no Tibet.
Essa vida é um grande desencontro mesmo... tão longe dos problemas e tão perto das soluções... Amigos cheios de afeto do nosso lado e a gente não vê.
Vamos diminuir o peso dos nossos equívocos?
Topa dar mais leveza ao cotidiano?
Pegue o telefone, converse, ponha os pingos nos ís, desenrole o desencontro e transforme sua postura mantendo a mente quieta, a espinha ereta e o coração - na medida do possível com tanto vazamento de petróleo - tranquilo.
Asta.
Boa semana.
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