sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Temporada de Beijaço
Ai, que saudade de carnaval. A gente escolhia um, e com ele passava quatro dias e quatro noites pulando, esperava o dia amanhecer abraçadinhos, íamos para o campo, pra reforçar energias, leite direto da vaca nas fazendas amigas, ainda cheia de confete e serpentina grudadas no suor, de mãos dadas, um cuidando do outro, um curtindo - muito - o outro.
Depois o carnaval acabava, passava e a vida voltava ao normal. Era uma delícia. Um namoro rápido, intenso e feliz, como a festa.
Quando leio nos sites: beijo triplo em Salvador, beijou cem no cordão do trio elétrico, beijou porque é balada, competição de amasso domina carnavais, dá uma tristeza... não moral e cívica, nunca. Tristeza porque era tão gostoso namorar só no carnaval, ter um parceiro, curtir. Tristeza imaginando que ninguém é - e não quer ser - de ninguém these days. Uma pena.
A delícia de ser princesa e ter um príncipe fazia parte do ideário carnavalesco. Hoje estamos longe da realeza. O brejo é o mais próximo do castelo que se consegue chegar.
Usem camisinha, cuidado com muvucas e sem violência.
De letrinha em letrinha, alguém há de construir uma frase boa e passar pra frente.
Anyway, tamosaí.
Alalaô!
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