sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O MEDO DOS ANOS VELHOS


Cansada de ler banners e recados de auto ajuda no Facebook, e-mails e afins, decidi - ainda no meio do ano passado - reencontrar quem participou da história que vira 50 anos em Abril de 2012. Essa coisa de "O ano não muda, quem muda é você", "tudo continuará igual se você continuar igual" etecéteras, de alguma forma me tocou. Não vou aqui discursar sobre isso porque este não é o ponto. Percebi que, de alguma forma, algumas pessoas têm medo dos anos velhos. Sei porque eu também tinha. Aquilo que fiz em zentos e dois; a mancada em ointenta e zentos de certo modo me envergonhava. Quando percebi que a vergonha era diretamente proporcional ao que eu PENSAVA que era eu , descobri QUEM eu era e quase todos os defeitos que ainda carrego comigo. Não foi um processo fácil, mas assimilei, aceitei. Comecei o processo de abatimento. Não, nada emocional, abatimento à tiros psicológicos do tipo: isso aqui não me pertence mais, aquilo outro já era faz tempo, o que esse "troço" ta fazendo aqui que ainda não foi embora? Abati à tiros e depois joguei na lixeira e reciclei. Ainda tem bastante e é aí que entra a minha vontade de encontrar amigos parceiros de descobertas.

Alguns já se manifestaram, foi uma delícia! Cabe a mim cavar tempo nessa rotina absurda que meu ofício e vida impõem para nos encontrarmos. Niltinho, Gil, Maria Cecília, Maria Tereza, Paquinha, Lucimar, outros tantos que só trocamos "curtir" no facebook, outros que se perderam no finado Orkut. As irmãs Sílvia e Celinha do Objetivo eu descobri que tem um café nos Jardins, vou lá com Claudia Aied um dia desses. A Sandra Bambace reuniu um povo no Ano-Novo, mas eu estava em Boiçucanga e não pude ir. Julio Isnard pelo Face, Beth Donzelli e Astrid Akrabian (Tidó, querida!) e Carneirinho num almoço carinhoso... São - graças à Deus - tantas pessoas, tantas marcas...! Algumas fortíssimas, outras apenas momentos que ficaram na memória. Gente! Vamos fazer 50 anos! Cadê vocês?!!

Tudo passa.

Eu li isso: tudo passa. E não tive mais resposta.
E há alguma dúvida que "tudo passa"? que "a fila anda", que "crescemos e aprendemos"? Tudo passa, tudo passou. Não dá pra reviver o que já foi, não há como. Mas dá pra sentir prazer na companhia de queridos que testemunharam entre si as próprias histórias, historinhas, bobaginhas, coisas engraçadinhas... Vamos rir à beça! Vamos saber o futuro do passado, vamos descobrir o que nos tornamos quando viramos "gente grande".

Eu e meu irmão Neto em 1982. Também já passou. Tudo passa.

Só de pensar nas nossas conversas e no bem que isso vai fazer... jogar fora impressões erradas, revigorar as boas, trocar fotos, rugas, tamanhos; mostrar os filhos, os cães, os netos!

Tudo passa.

Isso me parece mais uma frase de alento para quem sofreu algum desgosto do que alguma coisa sobre o pulso que ainda pulsa. De qualquer forma... vamos à luta, porque eu acredito é na rapaziada que vai em frente e segura o rojão.
Quem concordar comigo, levanta o mouse!

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