sábado, 19 de fevereiro de 2011

REPOSTAGEM DO ANO PASSADO.

Achei pertinente resgatar do ano passado esse texto. Enquanto a razão toma conta da emoção, vou respostar "interessâncias". Tudo a ver.


Nada como o tempo (de estrada) para apurar nossas habilidades naturais ou adquiridas, tanto faz. O tempo apura de qualquer jeito.
A capacidade de observação, por exemplo. Se em nossa área de atuação a observação sempre foi requisito necessário, com o passar - e dom - do tempo, fica muito, muito fina.
Observação apurada com o amadurecimento então... nossa.
Pois, bem. Em minhas empreitadas observatórias, um tipo de pessoa bastante comum tem me chamado a atenção. Mais do que atenção, tem me incomodado bastante.

Certamente todo o mundo já teve e provavelmente ainda tem um tipo desses ao redor. É aquele em cuja presença é preciso ter cuidado com o que se diz, com o que se fala e com o que se faz porque com certeza ela vai soltar um comentário aqui, outro lá, outro mais adiante, mais um aqui pertinho. Geralmente desfavorável. E como você sabe que tem que tomar cuidado? Porque ele fala dos ausentes na sua presença, conta uma história conhecida de modo diferente o suficiente para a pulguinha se mudar para sua orelha.

Geralmente essas pessoas passam de nine to five colhendo informações para detonar o desafeto. Não se iludam, é detonar mesmo. Esse tipo de gente tem habilidade estratética para criar uma situação desconfortável e principalmente, desviar o foco de sí. É um tanto quanto písico isso: ao mesmo tempo que querem tudo de todos, inclusive os holofotes e créditos e louros e dinheiros, aguardam discretamente - e nas sombras - o momento do mergulho absoluto na fama.

Todos nós lidamos com isso. Todos os dias.

Eles estão entre nós: o detentor do pequeno poder. Aqueles cuja função os coloca em contato com todos os departamentos da empresa.
Fique atento às pessoas que fazem piada de tudo e que sempre têm um comentário engraçado sobre alguém ou situação com muita frequência. Veja bem: eu disse SEMPRE. Rir é muito bom, muito bom mesmo. Mas rir de tudo é desespero. Essa pessoa não ri apenas com você. Ri de você com os outros.

Seja delicado com seus colegas de trabalho. Cuidado para não embarcar na onda dessas pessoas, não faça observações jocosas nem diga alguma coisa de que vá se arrepender depois.

O ambiente de trabalho, por mais descontraído que seja, é ambiente de trabalho. Não escolhemos nossos colegas como selecionamos amigos.

Falar mal do chefe é praxe, é terapêutico, justifica falhas e alivia a culpa. Porém, muito cuidado para não ser você o autor daquela frase detonáutica que todos adoraram, que usam sempre. Quando o bicho pegar, os dedos apontarão para o autor. Procure não humilhar seus colegas, mesmo aqueles que são parceiros de brincadeiras. Uma hora ou outra, os limites se excederão e você pode magoar um grande amigo.
O DPP (detentor do pequeno poder) pode levar você à atitudes que não são suas.

Seria bacana que dentro do preceito humanista que rege a sociedade, que nos tratássemos à todos com respeito e dignidade que merecemos como cidadãos e pessoas de bem.

Não por medo da língua.

Tratar bem uma pessoa de caráter duvidoso por política social (leia-se: receio que a pessoa coloque seu nome em boca de Matildes, faça comentários desfavoráveis à seu respeito em rodinhas de conhecidos, lance uma dúvida sobre sua índole ou intensões e por aí vai.) não é bacana. É aflitivo. É deixar que a neura tome conta dos seus dias.

É preciso diplomacia? Sim, claro. Parcimônia também. Olhos bem abertos e ouvidos atentos são fundamentais. Observar é fundamental. Permanecer bem informado é essencial. Esses são os requisitos que, alidados à criatividade e arrojo, certamente levarão o inteligente emocional ao sucesso. Sem precisar lançar mão de métodos escusos.

Sucesso, harmonia, paz e sabedoria sempre.
Estamos na ponta do círculo. Logo logo o de cima cai, o de baixo sobe para depois cair outra vez... nada como poder olhar para trás tranquilamente. Em paz consigo. A paz em todas as suas formas é o verdadeiro segredo.

Namastê

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